terça-feira, 31 de janeiro de 2012

texto 14

Religião e religiosidade
O homem é uma infinita potencia de realizações e possibilidades inexploradas,  pois não descortinou o véu do autoconhecimento.
De essência rica em amor, esse ser que somos todos nós,está envolto em relações fraternais continuas e duradouras, plena em seu sentido e profunda em sentimento. Não há um só irmão, que não seja querido por sua família espiritual.
A capacidade de realização se estende ao que hoje é para nós o inimaginável.
Entretanto para chegarmos a atingir essa plenitude, precisamos tomar uma nova atitude, desvencilhando nossos sentidos das chamadas da matéria.
Claro que é possível renovar nossos hábitos, mas claro que depende da nossa persistência. Nosso imediatismo, inerente ao materialismo, nos faz acreditar que resultados são imediatos e que o prazer nesses resultados precisa ser sempre correspondente ao esperado. Não sendo assim, desistimos do objetivo da reformulação que buscamos, achando que não estamos conseguindo alcançá-lo.  
Na religião,inclusive  na nossa,  é possível estacionar na estrada espiritual e  desempenhar o papel do homem-espelho que apenas reflete, aparentemente, aquilo que ela  apregoa. Nada é realmente absorvido e os preceitos mais básicos se tornam palavras inatingíveis, escorando-se na pequenez da  vontade de buscar a reformulação.
Milênios se passaram e o homem  experimentou  cada momento com um forte sentimento de religiosidade em sua caminhada, fruto da vontade intrínseca de buscar sua identidade cósmica. Ainda que muitos estejam atrelados a fórmulas exteriorizantes da falta da razão e da escolha, é possível perceber que estamos aptos a começar uma nova etapa desse caminho, desfazendo o homem espelho que o materialismo tanto aprecia , pois que deixa nossa razão adormecida e sem uso.
Nenhum grupo religioso detém a verdade de Deus, ou domina todo conhecimento  espiritual. Em nenhum momento da humanidade foi dado a ciência todo o conhecimento universal, tendo esta que buscar cada avanço.
A cada momento que deixamos as aparentes conquistas religiosas de lado e que entramos nas conquistas do nosso autoconhecimento, mais despojamos os dogmas e os ídolos que travam nossa consciência, impedindo a razão de realizar descobertas.
Ser capaz de rever seus conceitos e observar suas ações é dar a si a oportunidade de sair da sombra da ilusão, desapegando-se das formulas engendradas e ritualísticas, onde a paralisia e a asfixia da nossa consciência ética, tomam de assalto nossa identidade, tornando-nos mais um no serviço materialista.
Passemos a nos dedicar a nossa religiosidade. Ela não está em outro lugar que não seja em você. Não existe conhecedor maior da sua potencialidade, da sua capacidade de transformação do que você mesmo. Não tem quem possa te levar a um estado de consciência clara e profunda tão renovadora quanto você. A mudança para a humanização passa primeiro pelo teu crivo e é a sua iniciativa que servirá de partida para tua mudança.De nada adianta falar da crença alheia ou do mau feito de algum irmão pois que não é da tua alçada mudar ninguém já  que” um doente não cura outro.”
Nada pode ser mais desejado que saber de si em qualquer circunstância. Estar pleno das convicções do mundo espiritual, ter coragem de adotar a vida eterna, deixando morrer a vida material ao seu redor, dirigindo seus dias com a alma e não mais com as sensações  do mundo da matéria é para nós a felicidade da liberdade batendo a nossa porta.
A realidade é o unico cenário onde podemos encenar nossos dias, porque tendo a  ilusão como fundo estamos sucumbindo, geração após geração,  a desumanização.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

texto13

Consciência ética
No começo do caminho do autodescobrimento, nos deparamos com a formulação da nossa consciência ética.
No momento que começamos a revisar nossa consciência, passamos a melhor diagnosticar o bem e o mal, sem mais os prejuízo de análise que corriqueiramente costumamos incorrer.
Dando ênfase agora ao bem, procuramos no labor do dia a dia, desempenhar nossas tarefas não mais objetivando ganhos financeiros, mas sim objetivando servir o melhor possível para o desenvolvimento da sociedade.
Não mais ensinaremos aos nossos filhos o egoísmo, mas antes, ensinaremos o valor da ação planejada, voltada para o bem comum.
Cada item material não será mais que item enquanto ao homem será dado o seu valor no coração de cada ação que se seguir.
Sua dedicação será condicionada a sua capacidade de executá-la, sem oscilar entre o ócio e a exaustão.
Neste ponto, estaremos procurando a devida proximidade com nosso ser, introspectivos na intenção não de experimentos extra corpóreos, mas sim de encontros com nossa própria consciência, avaliando ações presentes e futuras.
Na formulação da ética, vamos deixando para trás, as desavenças, os problemas “inventados” pelas análises erradas que fizemos no passado, a leviandade nos julgamentos que fazemos de irmãos, as frivolidades e o tédio do materialismo, os preconceitos, as variações de humor , a instabilidade emocional que permeia as relações pessoais, os assuntos desinteressantes ao engrandecimento humano.
Voltando seus momentos para sua vida espiritual, o homem vai tomando posse de sua consciência ética, se envolvendo nos assuntos pertinentes ao espírito eterno, de maneira a trabalhar um dia de cada vez, sem se antecipar a acontecimentos, vivendo cada  momento   , aprendendo o valor de cada dia, elevando seus sentimentos, libertando-se das amarras materialistas.
O hábito, antigo “inimigo”, torna-se seu maior aliado, pois que colocado a seu favor,  transforma-se na boa leitura, nas palavras proferidas apaziguadoras,  em fazer pelo outro aquilo que desejaria que fizesse consigo, em  tomar para si apenas o necessário, devolvendo a sociedade o percentual desnecessário a vida digna, receita para alcançar os primeiros passos em direção do amor.
Como tudo na vida, podemos começar a ensaiar esses passos agora mesmo.Se vamos escorregar, vamos também nos levantar e como as crianças que começam a aprendizagem escolar tomando as letras, uma de cada vez, daremos nossos passos observando um momento de cada vez, sem querer antecipar acontecimentos, sem olhar para o fim, nos desesperando. Vamos aproveitar cada novo dia como um passo adiante, nos valendo da sinceridade dos nossos pensamentos .
Do nosso autoconhecimento depende nosso porvir. Comecemos então a reconhecer a origem das atitudes que tomamos, vasculhar nossa realidade , observando o que há por detrás de cada ação, de cada pensamento.

texto 12

Autodescobrimento
Se está em busca da verdade, pode se preparar para uma viagem longa e delicada, pois ela, a verdade, está exatamente onde você sempre esteve, dentro de ti.
Esse ser adormecido dentro de você,  de  compaixão e amor que você vez por outra visita, traz  a verdade que Deus já havia plantado na alma do homem, e que Jesus fez brilhar com seus ensinamentos.
Inebriado pelas ilusões que vivemos durante nossas encarnações, soterramos a capacidade de distinguir  entre o bem e o mal, nos escombros do materialismo secular.
Sem se dar conta, o homem vem buscando o êxito na fantasiosa vida material, se tornado um débil escravo das exigências do ter, sem perceber as dores que causam a si e aos outros, descartando a possibilidade de retomar o encontro com aquela verdade que Deus colocou em sua alma.
Amargurados, ferimos nossos filhos que ferem seus filhos numa continua desumanização que percorre gerações confusas.
Justificando nossos atos , qualificando como ignorantes, não percebemos que o materialismo vem nos arrastando como folhas flutuantes num rio turbulento, nos remetendo a uma rotina castigante de massificação, nos levando a ansiedade, ao medo, a insegurança, ao suicídio, seja ele direto ou indireto.
Quanto mais tempo o bolo fica no forno mais ele queima.Quanto mais tempo vivemos no materialismo, mais agravados são seus efeitos nas gerações que se seguem.
Estamos nos escondendo, nos omitindo. Nosso reforço ao ego do ter, tem lançado dores aos pequeninos de todas as gerações em qualquer classe social.
Não há país que não sofra com os preceitos materialistas, pois que a filosofia que impõe a matéria como componente mais precioso, consome a humanidade, esteja ela onde estiver.
O dinheiro muda de conta bancaria, faz cair homens, pois que o importante para a filosofia que adotamos não é o homem feliz mas antes  a riqueza e sua máxima  produção.
A miséria que cresce no mundo é o retrato da importância da matéria sobre o humano.
Perseguindo as necessárias quantias para a sobrevivência que acabam sempre sendo pouca, nos vemos sempre preocupados em garantir mais e mais.Nunca é o suficiente independente da sua classe social.
Não é essa a verdade quando estamos no plano espiritual pedindo ou acatando a reencarnação que se chega até nós. Ao promover nosso enlace com o corpo, nossas metas não estão envoltas naquilo que somos capazes de amealhar, ou nos prazeres passageiros que a matéria pode nos ofertar mas sim nas conquistas, no campo espiritual que pretendemos alçar.
Ajudar, fazer parte de algo regenerador, trabalhar para servir, aprender amar a todos com a verdade da igualdade, são alguns dos anseios de quem vem para este mundo. Entretanto, nosso tempo está voltado para os ganhos materiais  e sem que se perceba, sua meta se volta para os ganhos, em detrimento de tudo, de todos.
Sem que o homem faça mais parte dos objetivos do próprio homem, justificamos as ausências na própria família, nos estudos da doutrina, nas orações ou ações que tem como ator principal o amor e passamos a julgar irmãos pelo que eles tem a apresentar materialmente. O grande êxito está em como se fala, como se veste, onde mora e se seus bens  podem gerar impacto no seu grupo social.
Assim, somos aquela folha que ora submerge no desespero da queda, ora emerge na inebriante extravagância que produz.
Não precisamos estar na correnteza. Um dia escolhemos por estar nela, mas também podemos optar por sair dela. Justamente aí entra o autodescobrimento.
Entender que vivemos sob o domínio materialista e que não estamos buscando o controle da própria vida é o primeiro passo em direção do autodescobrimento.Reconhecer que através da mudança de hábitos estaremos dando um grande passo para nossa humanização é o segundo passo.  
Somos luz divina conquanto fomos criados por Ele. Buscar o foco da vida terrena nos preceitos espirituais é caminhar a passos largos em direção a nossa humanização.
Só há tranqüilidade quando nossa razão está consciente dos atos que praticamos.Só utilizamos nossa razão quando estamos pensando no bem de todos e não apenas no nosso.
Nossa essência é a da união pela fraternidade e nela encontramos a verdadeira vida. Nela, nossos sobressaltos terminam e as angustias se tornam fatos da historia.
Na comunhão está a união da grande família ao qual cada um de nós é parte imprescindível. Se cada pessoa der a mão a alguém a quem queira bem  , um seguindo o outro, logo estaremos abraçando o mundo inteiro, pois que estamos unidos, todos do planeta, por um laço invisível, que não deixa ninguém de fora.
Se alguém sofre, outro alguém sofre também por querê-lo bem. Mas se estamos num planeta onde os homens se procuram para o melhor, então a infelicidade, os medos, as angustias não mais encontrarão morada no nosso mundo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

texto 11

Ódio e suicídio
A ordem materialista nocauteia nossa evolução  socioantropologica, retirando do homem a importância que lhe cabe e dando aos ganhos e lucros o centro de toda formulação de ética na nossa sociedade.
   Sem planejar a vida que realmente queremos, seja a particular ou a coletiva, vamos nos deixando levar por filosofias que necessariamente não as escolhemos, enveredando por caminhos estranhos a nossa evolução espiritual.
Diante das  pressões e descaminhos causados por essa falta de planejamento, o homem de ontem e hoje, corrompido em sua essência pela nossa falta de idealismo em seus objetivos, não percebe crescer o rancor ao longo de sua experiência terrena.
Esmagado por fortes correntes em sua educação, se torna muitas vezes incapaz de se levantar contra as injustiças do mundo ao seu redor, calando-se.
A mágoa que cresce e pode ganhar diversas roupagens segundo a ordem de seu princípio, leva o homem ao ódio, que muitas vezes nos acomete, sem que sequer saibamos identificá-lo.
Disfunções hepática, digestiva, circulatória, dando origens a processos cancerígenos, cardíacos, cerebrais, ...são alguns sintomas e desfechos iniciados pelo sentimento do ódio, cultivado por nossas relações interpessoais,surgido nos princípios materialistas, nascido no berço de nossa falta de planejamento.
Destituir o mito de nossas relações é imprescindível.
Repensar a educação que damos aos nossos filhos, aos nossos alunos aos evangelizandos é urgente.
Retirar do nosso cotidiano a importância que damos ao comportamento social e religioso   conveniente, para passar a  construir  comportamentos que envolvem o ideal, liberando a geração seguinte da angustia e da depressão que nos assola.
Reprimir é o mesmo que tentar impedir uma erupção vulcânica. A explosão de proporções desastrosas é inevitável.
Canalizar, isso sim deve ser nossa ação.
O trabalho ao próximo é a expressão que suaviza as dores, neutraliza a psique, engrandece o coração.
O suicídio como ápice da incapacidade de reagir a tirania, pode ser banido se observarmos os conceitos e comportamentos que estamos incentivando através de  nossos hábitos.
Cuidar do nosso comportamento diário é o remédio homeopático para reconduzirmos a sociedade a ações espiritualistas, voltadas para o homem trino, sadio, pleno, detentor de sua individualidade, entretanto sabedor do amor ao próximo e a Deus, com toda a sua sinceridade.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

texto 10

Homens aparência
Prerrogativa do materialismo, o homem aparência é exatamente “o robô” que esse sistema precisa para manter a ordem vigente.
Encontramos o homem aparência em qualquer religião ou grupo econômico.
Preso a desejos que nunca são satisfeitos, esse homem , ainda que disfarçadamente, vive para um conjunto de “normas” comportamentais que entendem como vitória, seus ganhos materiais que permitem o exibicionismo,  transparecendo uma mente doentia no prazer da inveja alheia.
Sua consciência ética é tomada segundo as necessidades de seu ganho, e tudo vai se tornando justificável  na tentativa de  neutralizar sua consciência.
O deboche e o desdém para com seu semelhante é tão comum quanto seus prazeres terrenos.
Dono de um olhar julgador, sempre desmerecendo o esforço individual de alguém que não o seu próprio, vez por outra sente o vazio lhe gritando na alma, tratando logo de justificar o sentimento como fraqueza momentânea.
Detentor de ganhos altos ou pequenos, nunca chega a satisfação de seus rendimentos, tendo como primeira meta ganhar mais.
Apenas divide aquilo  que pode anunciar, se esquecendo que também Deus escuta seus comentários.
Se convidado as compras, vai com desmedido desprendimento de forças, para ajudar a alguém dando sua força de trabalho como contribuição ,aí  está sempre ocupado ou inventa desculpas sem sentido para si mesmo.
O homem aparência, que pode ser pobre ou rico, detentor de vasto conhecimento ou não, na verdade, já não raciocina mais, sendo apenas executor, que acredita estar fazendo tudo a contento.
Não fomos feitos assim.
Estamos presos a conceitos individualistas e agimos sob disfarces.
Na falsa religiosidade, julgamos irmãos que dividem conosco o trabalho ao próximo, desdenhando de forma dura a conduta do outro, sem perceber que essa conduta é muito pior.
Nos referimos a nossos próprios filhos como sendo menos que nós, diminuindo a auto estima desse, a tal ponto, que esmagamos sua própria individualidade.
Expomos acontecimentos particulares de amigos e parentes, de forma sempre a ridicularizar os autores dos fatos, sem saber o ridículo que estamos a cometer pois estamos a fazer justamente o papel do homem aparência, que caminha com as palavras do evangelho sem reconhecer nenhuma delas.
Como políticos que descrevem suas propostas sem sequer te-las escrito, também é aquele homem aparente o que está em prece, buscando palavras bonitas por estar sendo escutado por alguns, para em seguida, proferir palavras que magoam e ferem seu próximo.
O homem aparência surge em nós quando recebemos alguém com cerimônias por sua  importância social e tratamos um irmão sem recursos financeiros como coitado, quase incomodados com sua presença.
No mundo das aparências, nos detemos a forma mas não ao conteúdo. Nossas instituições religiosas se desvelam em esforços para construir seus prédios, mas não se dedicam com o mesmo empenho na construção da evangelização, deixando essa para segundo plano, como se para a humanidade fosse mais importante o conforto de suas instalações, do que dar as ferramentas para que as crianças e jovens da casa, possam a termo, ter a oportunidade de se distanciar do homem aparência se dedicando ao homem integral.
Deixemos, portanto, esse uniforme de lado e passemos a nos conhecer de verdade, nos dedicando ao que realmente faz diferença a todos os homens da terra_o amor.

texto 9

MITO
No capítulo 2, último tópico, a autora nos esclarece quanto a fábrica que nos tornamos ao longo dos tempos, de produção de mitos que é a  representação falsa e simplista, mas geralmente admitida por todos os membros de um grupo.
Tratando o assunto sob olhares diferentes inclusive quanto a definição de mito, Joanna de Angelis nos transporta a uma época onde compúnhamos a idéia de um Deus que alternava ora  como um ser cruel e vingativo, ora como invejoso de nossas aptidões.
Essa construção infantilizada e estilizada de Deus é nosso retrato quanto as avaliações que ainda fazemos das coisas que nos cercam, construídas por nossa tentativa de justificar os fatos que produzimos corriqueiramente.
Enrolados na teia do materialismo, promovemos nossos mitos, deixando que as aparências falem mais alto do que a realidade.
Sem uma análise mais aprofundada daquilo que fazemos com o nosso tempo, sem realmente analisarmos nossas atitudes e ações, não seremos capazes de perceber o que está errado em nossa conduta.
Da mesma maneira que Platão coloca a necessidade de avaliação de nossas crenças, a autora mostra a necessidade de avaliarmos aquilo que professamos com a forma que agimos.
Que mídia estamos utilizando na nossa vida?
Aquela que promove personalidades extravagantes como fonte inesgotável de riquezas e dores , ou aquela que une as pessoas, fazendo surgir idéias compensadoras ao espírito eterno?
Existem as duas, basta você escolher.
Não é necessário continuarmos  alimentando nossa ignorância. Os mitos criados por poucos,  não precisam ser seguidos por  ninguém. Compreender que retirar as algemas lembradas  por Platão e corroborada pela autora,  é um passo que farão surgir todos os outros passos que nos levam a realidade.
Desmistificar criações e conceitos elaborados para servir ao sistema materialista, é romper com esse circulo vicioso de heróis, que promovem a cegueira, que promovem mais heróis.
Da mesma maneira que deixamos de lado o Deus cruel e muito controverso do passado , e passamos a conviver com o Deus que é só amor e justiça para todos, também podemos deixar de lado a vida cruel e controversa que inventamos para nós e passar a viver uma vida de amor e justiça.
Tudo é uma questão de estudar, se esclarecer, se conhecer , “se ajustar” e recomeçar, na certeza de que somente nós podemos dar o rumo que desejamos para alçar mais um passo na nossa escalada espiritual, tomando as atitudes de:
 Voltar o pensamento  para o bem comum,tentando soluções para diminuir a dor de alguém;
Desempenhar o trabalho no mundo materialista, focado não em  ganhos, mas no ganho que teus irmãos terão, com tuas ações, por conta do teu labor;
Fazer do estudo, durante teu período letivo,um centro de pesquisa interno, se debruçando sobre os ensinamentos de teus professores, na prerrogativa de desenvolver  saídas para a vida digna de milhões de irmãos que vivem em bolsões de miséria espalhados pelo mundo;
Elevar teu cérebro em  preces sinceras,  que possam se tornar úteis,  transformando  eventuais desafetos, em irmãos,  na luta da existência etérea.
Ser capaz de deixar os vícios que alimentam os mitos, que por sua vez enraízam em nós, as metas materialistas.
Enfim, viver agora nossa construção de homem integral, priorizando em nossas ações sempre o nosso  próximo, buscando no estudo das páginas desse livro o roteiro da nossa caminhada, abandonando as frases de efeito que costumamos a ler e dizer, saindo da aparência que estaciona, mergulhando na verdade que liberta.  
   

Texto 8

         Esse é um  resumo de O Mito da Caverna , de  Platão, que vale aqui como um reforço daquilo que Joanna de Ângelis fala sobre mito. Reparem como tem tudo haver com aquilo que falamos no nosso último encontro. 
Numa  caverna  úmida, vivem algumas milhares de pessoas. Essas pessoas desde que nasceram, vivem com correntes nos braços, pescoço e pés, em cadeiras enfileiradas de modo que na frente dessas pessoas há um imenso paredão fino. Semelhante ao cinema moderno. Por trás das fileiras de cadeiras, há uma fogueira. Entre a fogueira e as cadeiras passam algumas pessoas com objetos e animais. Os sons dessas pessoas, objetos e animais ecoam pela caverna até chegar ao grande paredão e por fim chegar aos acorrentados. A luz que a fogueira emiti bate nessas pessoas, animais e objetos e nas demais pessoas acorrentadas fazendo surgir sombras no grande paredão. Essas pessoas acorrentadas vêem essas sombras como se fossem reais. Pois esse é o único mundo que conhecem. Mais acima da caverna, como se fosse os camarotes, vive os chamados amos da caverna. São eles que controlam todo o esquema. No topo da caverna, existe uma pequena saída pelo qual o sol emiti um pequeno feixe de luz que chega até lá embaixo, próximo às pessoas acorrentadas. Porém, entre a fogueira e o topo da caverna existe um imenso paredão bem íngreme, cheio de obstáculos, difícil de escalar. Do lado de fora da caverna existe árvores, rios, o sol... enfim, a natureza e alguns sábios. As sombras mais diferenciadas são eleitas pelos acorrentados para serem os líderes. Em diversas áreas. Enquanto as pessoas acorrentadas discutem entre si sobre o mundo em que vivem, os amos da caverna riem e caçoam deles. Uma das características desses amos é que eles não costumam aparecer. Não gostam de aparecer.
Só que uma dessas pessoas, que chamaremos de Sócrates, começa a se questionar sobre toda essa situação. Quanto mais se questiona mais ele vai percebendo que há algo de errado nele e no mundo em que vive. As outras pessoas acorrentadas mais próximas já começam a olhar diferente pra ele. Sócrates não liga e começa a se remexer da cadeira. Quanto mais se remexe da cadeira, mais ele sente que há algo de estranho com ele. Até que um dia percebe que está acorrentado. Se você está dormindo, acorda e vê que está acorrentado, qual a sua reação, leitor? Pois bem, Sócrates não é diferente, e quer se libertar das correntes. Depois de muita luta, consegue se livrar das correntes. Primeiramente de braços e pescoço. Livre das correntes do pescoço ele pode olhar de lado e pra trás e vê, as pessoas acorrentadas, a fogueira, enfim, ter uma visão da caverna e perceber que esse mundo é uma ilusão. Depois, consegue se livrar das correntes dos pés. Analise bem: ele nasceu e cresceu nessa situação, nunca andou. Quando se levante e começa a andar tem extrema dificuldade. Já está desgastado pelo imenso esforço que teve pra se livrar das correntes. Mas consegue se adaptar e andar. Sócrates tenta alertar os outros acorrentados, inclusive os amigos, porém, sem sucesso. Pois esses acorrentados se julgam viver em um relativo "conforto" e tomam esse mundo como real. Quando vêem o estado de Sócrates, todo desgastado fisicamente e até psicologicamente, dizendo que o mundo em que vivem não é real, que vivem numa caverna úmida e escura, e etc... alguns acorrentados chegam até a chamá-lo de louco. Sócrates vê que não vai obter sucesso e vê um pequeno feixe de luz vindo do topo da caverna, ele decide ir em direção a essa luz. Mas para isso é preciso escalar um grande paredão íngreme, cheio de obstáculos. Na escalada, de vez em quando escorrega, cai, e volta a escalar. Depois de muita luta, ele chega ao topo da caverna, e consegue sair da caverna. Vê o sol pela primeira vez, e nesse momento quase fica cego, pois nunca havia visto tanta luz. Depois de um tempo, ele consegue se adaptar a luz do sol, mas ainda com a vista não muito boa. Ele vê a natureza, os sábios e etc. Conversa com alguns sábios e vê que este é o mundo real. Porém, bate um sentimento de misericórdia: e os amigos e todas as outras pessoas acorrentadas, vivendo nesta caverna achando que vivem num mundo real? Ele decide voltar. A descida foi tão difícil quanto à subida do paredão. Chegando nos amigos acorrentados, com a vista ruim, todo arrebentado, ele vai tentar liberta alguns acorrentados. Porém a recepção foi pior do que antes, quando ele tentou alerta-los antes de subir. Vê que alguns até são capazes de lutar ferozmente para proteger as correntes. Então, Sócrates chega a conclusão que o segredo é contar aos poucos, começando inicialmente a dizer que estão com os braços acorrentados, por exemplo. Observa também que existe algumas pessoas que começam a se questionar e tem uma certa disposição a ouvi-lo. Essas pessoas são os idealistas. Uma dessas pessoas solta os braços e o pescoço, e como esse está numa condição parecida com o amigo acorrentado ao lado, este amigo acorrentado vai está mais disposto á ouvi-lo. Outro que consegue perceber que está acorrentado e começa a se remexer da cadeira, conta pro amigo ao lado que aquele mundo é uma ilusão e é preciso acordar. Assim uns vão se soltando, ajudando os mais próximos e também, caminhando em direção ao feixe de luz. Criando assim uma corrente discipular de mestre e discípulos. O que se solta é o filósofo. A luz do sol é a verdade. As sombras, o mundo da ilusão. A luz da fogueira, os nossos desejos. As correntes, a ignorância. Os amos são aqueles que controlam e mantém o mundo da ilusão tirando proveito da situação. Os acorrentados são a humanidade. O caminho de escalada até a luz do sol está cheio perigos: diversas crenças estranhas, ideologias confusas, materialismo e/ou misticismo em excesso, armadilhas etc. Esses são os obstáculos. A filosofia vem pra proteger esse idealista que está se remexendo da cadeira, mostrar atalhos seguros na escalada, até chegar ao topo da caverna e voltar.(Jornal de Debates, Vitor Pinheiro)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

texto 7

                                                   Liberdade


A liberdade é uma da mais corriqueira causa de explosão de violência na historia da humanidade que qualquer outra já registrada.
São infinitos os povos ou mesmo grupos religiosos, que em nome de ilusões e justificativas tão insanas quanto infantis, travavam lutas sangrentas e cruéis, buscando a dominação ou reclamando direitos passageiros.
Certo que nos cabe buscar a liberdade. Na construção por uma vida equilibrada e plena, cabe ao homem gerir sua própria vida, tomando para si as responsabilidades que lhe são devidas na sociedade, não se permitindo ignorar que a instauração da ordem e justiça na terra são de competência dos homens e que para te-las é necessário estabelecê-las.
Toda ação geradora de agressão, física ou moral, terá a sombra da reação. Assim, verificamos que não será dessa forma que encontraremos a liberdade,  visto posto que ,justamente a liberdade, é condição na criação do nosso amado Pai. Todo espírito é livre para escolher sua semeadura.
Além da violência, usamos com mau juízo a liberdade, quando a confundimos com a libertinagem. Conclamada pelos meios de comunicação, acabamos conceituando por liberdade a possibilidade de falarmos e fazermos qualquer coisa, seja o que for, doa o quanto doer.
Nessa linha, sem que percebêssemos, abrimos as portas de nossas casas, permitindo que os grupos interessados na produção instantânea de “heróis” , por tanto de lucros , ditem regras de comportamento, adoecendo ainda mais nossa sociedade, tendo por justificativa que tudo deve ser liberado.
Precisamos repensar liberdade.
Joanna de Angelis, em seu precioso texto, nos chama a atenção para o desatino que estamos vivenciando sem nos aperceber.
Estamos dizendo as crianças, quando também aderimos as libertinagens que nos rodeiam, que sexualidade desmedida, gastos excessivos, prioridades de metas financeiras, destruição da natureza, tudo isso é a liberdade.
Sabemos que nada disso é liberdade.
“Todo comportamento que coage, reprime, viola é adversário da liberdade.”
O que seria então a liberdade?
Ela está naquele que se domina e se conquista, deixando para o mundo toda forma de imposição sobre si mesmo, ou seja que não mais se confunde sobre quem de fato é contrapondo com o  que desejam que você seja.
Como encontrar esse caminho?
Nossa autora nos mostra o caminho_ mergulhe em seu âmago, seu interior.
Procuremos nos desocupar um pouco dos programas que nos distraem e passemos a meditar sobre o dia passado.
Sem buscar erros e acertos, procure identificar atitudes e pensamentos(que também são atitudes) que por ventura você tenha tomado e coloque no lugar algo que você, repensando no assunto, gostaria de ter feito diferente. Que diferente seria esse? Talvez esse “diferente”seja sinceramente o que você .
Passe a pensar sobre suas ações e observe se não se trata dos hábitos que você foi adquirindo. Observe se esses hábitos, repetidos dia após dia, não vem sendo um problema no seu autoconhecimento, uma vez que esconde o que você realmente é.
Desde os primórdios da criação, nós evoluímos sob a régis do aprendizado. Mudamos e transformamos porque somos perfeitamente capazes  de aprender. Fizemos isso até aqui e continuaremos a fazer.
O medo do futuro pode nos fazer perder a real condição do presente, portanto devemos nos aprofundar no ser que somos, porque ao fazer isso, vamos desamarrando nossa consciência das impressões deixadas por experiências de outras vidas e pelos conceitos equivocados que fomos adquirindo sobre nós durante o contato com a cultura materialista dessa encarnação.  
Ghandi, que sem violência, levou a liberdade  para a India, deixou como maior exemplo a liberdade que encontrou dentro de si, quando preso ou liberto, estava livre, pois o que precisava para viver, ele o tinha tanto dentro da prisão quanto fora.
Sócrates, iluminador de mentes mesmo nos dias atuais, também preso era livre em suas aspirações.
Jesus, que continua a ensinar o amor que liberta, que nos acolhe e permite que ensinamentos esclarecedores venham em nosso socorro, não como muletas, mas como verdade cristalina, igualmente condição para a liberdade eterna.




segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

texto 6

Solidão

De certo estamos no mundo para cuidarmos uns dos outros.
Frase simples e bastante descritiva de nosso objetivo nas esferas terrenas e espirituais mas ainda ofuscada por nossos sentimentos imaturos, acabamos por valorizar coisas mortas e sem nenhuma utilidade, ignorando que somos todos imprescindíveis,na construção de uma sociedade saudável.
Segregamos irmãos pelas posses materiais, pela beleza que muda de padrão de tempos em tempos, pela inteligência erudita que em muitos casos, tornam-se apenas conhecimentos restritivos e egoístas.
No mar de tantas metas materiais a serem alcançadas,vemos irmãos se recolhendo do convívio para os quais nasceram, sentido não serem aceitos, desistindo de dar sua participação única e imprescindível junto a sociedade.
Fenômeno antigo, vemos dentro do lar, crianças desacreditadas pelos pais , sendo alvo de observações infelizes, mesmo que alcovitadas de forma indireta.
Não obstante, a ilusão dos detentores da mídia, promovendo e devorando seus heróis de momento, lançam ideais de comportamento extravagantes e inatingíveis causando frustração profunda.
Fora  doenças físicas que conhecidamente tem em seus pacientes, a solidão por característica, corremos o risco de agravar cada vez mais nossa  realidade, caso nosso comportamento não se torne fraterno.
Tudo é uma questão de mudança. Não estamos aqui falando de valores fictícios como os são os padrões de felicidade ao qual estamos acostumados a comprar vinculados pela tv.
Não são mudanças insanas, que pretendem te desumanizar a tal ponto que você mesmo não se reconheça mais como um individuo, apenas como mais um no comum do todo.
Não são bobagens  que brotam da mentira ou da ilusão mas antes, verdades que estão plantadas dentro de você e que são mais fáceis de acessar do que as ilusões contemporâneas.
Reconhecer-se filho de Deus é o primeiro passo.
No  conhecimento profundo de si, deixará de lado a imagem que os padrões terrenos te impuseram e passará a compreender que suas potencialidades são urgentemente requisitadas no serviço ao próximo.
Todo homem que se detém em servir , dando aquilo que tem de melhor, nunca crescerá no medo da solidão.
Durante tua meditação, encontra-te. Livra-te dos meios de comunicação que tentam te ditar regras, abandonando vícios de conduta e ponha-te a desenvolver  valores através da musica espiritual, das pinturas celestes, dos escritos deixados por irmãos dedicados a ti, das belezas, essas sim, inebriantes, que a natureza nos oferta todos os dias .
Já parou para observar o céu noturno?Imaginou que as estrelas e planetas que olhas são  casas de incontáveis seres, igualmente filhos de Deus e por tanto irmãos?Pense na força que  geraríamos se unidos no pensamento otimista do bem!
Levanta então e te regenera as idéias porque disso depende não apenas a tua evolução na jornada imortal, mas faça isso também por todos os teus irmãos, porque ainda que estejamos sob o véu da ignorância, podes ter certeza que não há felicidade possível para os filhos de Deus se tu não fores feliz também.

texto 5

Medo
Oriundo de nossas ações, o medo atravessa a historia da humanidade mudando os ingredientes de sua composição conforme as normas vigentes de cada época.
Um contexto social injusto, como já vimos, leva a insegurança . Ela, por sua vez, leva a tentativa desmedida do homem de fugir da realidade, se enchendo de entretenimento bestial que mais sugam do que oferecem. A fuga propicia a dilaceração do comportamento humano, nos levando novamente a desaguar no mesmo rio _ a anulação de ideais espiritualistas.
O medo que cresce da falta de diálogo sobre como alcançar a sociedade que queremos, nos remete a nos distanciar uns dos outros.
É do ser humano, reconhecer em seu foro intimo, que algo não está bem consigo.Mas é um recurso criado pelo  ser humano se enganar quanto ao motivo dessa sensação e normalmente se afoga em festas , extravagâncias de conduta, desperdícios e exibicionismo, muitas vezes com o intuito de tentar suavizar a dor que traz consigo de tantas experiências passadas.
Somos espíritos encarnados, que trazemos em nossa bagagem, muitos dissabores. O mecanismo de respostas automatizadas que observamos em nosso comportamento vem carregadas de informações de experiências vividas e ao adentramos na encarnação atual somos  cheios de medos inflamados uns pelos outros.
Trazemos esses medos impressos por participação em crimes encobertos , homicídios praticados com requinte de crueldade, traições  infames o que nos acomete a consciência de culpa avassaladora.
Catalépticos sepultados vivos que vem a reencarnar sob condições precárias de sanidade mental .
Os problemas estão para nós pra serem por nós resolvidos e não curtidos.
Deixando o medo fazer parte da tua constituição mental, estará te condenando a enfermidades no corpo físico, deixando teu perispirito ainda mais fragilizado.
O caminho para refazer do medo a coragem é único e derradeiro: Estudar a verdade da vida espiritual , da vida eterna, da reencarnação e seus enlaces para que no esclarecimento, o homem possa tomar para si as rédeas de suas reações, meditando e recuperando sua identidade, se agigantando no seu caminho evolutivo espiritual, deixando para traz suas amarras.   

Texto 4

                                 Ansiedade

Outra fonte de problemas , na jornada do desenvolvimento espiritual  é a ansiedade. Segundo nossa autora, essa emoção tão presente na sociedade tem endereço certo ; suas raízes encontraram o adubo perfeito na nossa ética egoísta onde adquirir bens materiais é sinônimo de objetivo existencial.
Imagine que em sua família, cada membro está voltado para seus  próprios ganhos e que repartir,  esteja fora de cogitação. Ao se perceber sozinho no mundo, certo de que não pode contar com ninguém, você será tomado por uma insegurança atroz , que inevitavelmente culminará numa ansiedade igualmente ferrenha.
Não é esse o caso em nossa sociedade?   
Sem nenhuma lógica idealista, estabelecemos salários de miséria contrastando  a ganhos  volumosos , criando abismos econômicos  perversos entre os respectivos grupos.
Aceitamos a idéia de trabalhos inferiores e superiores, sem nenhum critério competente, humilhando trabalhadores imprescindíveis para o bem estar social e tomamos como modelo de personalidade,criaturas extravagantes,  acompanhados de uma vida de confortos ilimitados. Cada vez que estimulamos alguém a ser um conquistador dos bens terrenos com a íntima intenção da busca do conforto ou da ostentação, estamos sendo os corruptores e co responsáveis pela anulação de ideais espiritualistas .
Tendo todos os mesmos objetivos materialistas , observamos uma certa “uniformização”  na conduta dos indivíduos: ganhar mais, ser bem recebido, freqüentar  certos lugares, comer certos tipos de alimentos, frequentar festas seletas, fazer vigens elitizadas  e por fim, perder sua identidade e sua individualidade.
Marcas ditam o que vestir como forma de te tornar reconhecido pelos seus ganhos. Logradouros são separados por valores consideráveis para que fique claro a que casta social voce pertence. Até mesmo escolas infantis separam as pequeninas crianças entre as que podem pagar e as que não podem. Ensinamos a elas que estão num mundo onde quem tem dinheiro é recebido de forma a atender as" necessidades" de  conforto  e quem não tem a quantia que estabelecemos como  sendo a ideal, são tratadas de forma indiferente. Aceitamos e alimentamos esses conceitos  todos os dias.
Não seria o certo estarmos reivindicando, de forma igualitária, o bem para todos? Agindo sempre pensando no  bem  comum,  não estaríamos enterrando a ansiedade e seus males ? Entre isso e fazer nossas compras, nossas viagens, nossos passeios,a que estamos dando real importância?
Estamos, cada um de nós, com nossa falta de maturidade emocional, envenenando nossa própria existência, garantindo reencarnações futuras de tão tristes resultados quanto essa.
Entorpecemo-nos diante da  realidade inescrupulosa dos bolsões de miséria, composta por falanges de  seres humanos  que são devorados ainda com vida por abutres da natureza. Entretanto,  ao comprarmos para nós uma simples peça de vestuário, investimos o equivalente a semanas de alimentação desses irmãos, filhos  igualmente como nós, de Deus, nosso pai, nos tornando muito mais abutres do que os animais da natureza.  Mas é isso que realmente desejamos para nós e nossos irmãos? Talvez não seja.

O medo da morte, por desconhecimento da reencarnação e da vida eterna, também é um fator que leva  muitos a desenvolver a ansiedade.O excesso de tecnologia utilizado como fonte de entretenimento pernicioso a inteligência humana é outra maneira de nos levar ao nada .
Quanto mais lemos, mais nos instruímos mais fortalecemos nosso intelecto, melhor passamos a conhecer a realidade a qual estamos inseridos mas que fica soterrada nos escombros da nossa rotina vazia de valores e de ações espiritualistas.
Observando melhor nossos hábitos, sabemos que encontramos neles ações praticadas por nós de forma inconsciente que  leva a falência dos critérios humanistas.
Nossa ansiedade foi  plantada por nós durante a idade média.Em nome do fanatismo e da  hipocrisia habitual secular, proibições de manifestações espiritualistas trouxeram o cinismo materialista de hoje.
Nossa correria alucinada pelo  dinheiro, que deixa os filhos órfãos de pais vivos, visto que esses, em nome de seus ganhos ou de sua vida social, deixam  os pequenos  crescerem ao seu próprio dissabor.
Mudar esse cenário é possível. Se de um lado a conquista econômica desbravadora dos males do espírito contam para nada no plano espiritual, por outro, buscar diluir o egoísmo das veias abertas da nossa sociedade é bem que recebe ajuda dos espíritos que trabalham por nós.
Aglutinador de boas vibrações, o bem traz para si espíritos queridos que muito podem nos ajudar.
Ter seu tempo empregado no aprofundamento de descobertas íntimas, buscando analisar suas escolhas sem se deixar levar por ações apenas habituais, fará com que sua escala de valores seja alterada , trazendo novos significados para a luta da vida.
Se perguntar, diariamente, se suas decisões são apenas pra te satisfazer o ego, ou, se ao contrario, elas derramam as bênçãos entre teus irmãos, fará toda a diferença na tua jornada pela terra.
Estudar e disseminar a verdade da reencarnação é dar ao mundo a chance de tirar o véu que entorpece os corações.
Precisamos refazer o caminho do coletivo, alimentando os ideais espiritualistas no cotidiano, dedicando cada momento, cada esforço empregado no nosso dia no comum a todos, pois construir a  sociedade igualitaria  que a fraternidade estabelece  é onde  está o verdadeiro ganho.