segunda-feira, 30 de abril de 2012

Texto 46


A felicidade
Nesse ultimo texto, pretendemos construir a ideia de felicidade.
Tantas vezes confundida por nós com prazer, a felicidade tem alicerces mais amplos do que nossa percepção desavisada e viciada em analises instantâneas pode compreender.
Como visto antes, a dor e o sofrimento passam sempre pela perspectiva de como o individuo irá defini-las. Se souber a verdade da vida eterna e justa, passará pela dor como um meio de se libertar dos desequilíbrios atavicamente  cultivados e assim sendo, quem dirá que desse aprendizado libertador não nascerá a felicidade?
A felicidade não é uma conquista efêmera. Não se trata de algo que tem fim como o prazer.
Cada passo dado em direção a Deus, ao cosmos, cada evento que faça mais próximo os elementos da criação divina é uma face da felicidade que se alcança.
O prazer em adquirir uma coisa ou ainda, destaque social, não passa de mero evento massageador do ego que o materialismo oferta como recompensa para quem se deita sobre ele.
O sistema materialista que abraçamos com tanta veemência e muitas vezes sem  nos dar conta, é como um elemento que se transforma sempre para dar continuidade a sua  sobrevivência. Em momentos que parte da humanidade começam a tomar ciência e propagar ideias de fraternidade e nova era, o materialismo busca contemplar o prazer, fazendo crer que é capaz de proporcionar a felicidade, tão falada em círculos espiritualistas.
Engano nosso.
A felicidade anda junto conosco quando somos capazes de deixar de lado os hábitos materialistas alimentados milenarmente. Feito perfeitamente capaz de ser experimentado por nós, passamos a nos enxergar como realmente somos sem as mascaras da culpa ou da desculpa sobre as decisões que tomamos.
Começa então um processo de desembaraço mental, caminho certo para a introspecção que resultará no autoconhecimento. Falando menos e se instruindo mais, abriremos espaço para que nossa mente possa se ater a assuntos pertinentes a realidade da vida espiritual, se distanciando definitivamente dos enlaces materialistas.
O idealismo, o planejamento, o foco na espiritualidade fará com a mente não mais produza ilusões com as quais costumamos “justificar as ações equivocadas que praticamos“. Passaremos a ter uma visão mais clara da importância daquilo que fazemos ao outro sem as culpas que cegam, mas antes, elevando a própria moral para reformular os males causados.
Transformar  um sofrimento que impomos  a alguém , desfazer uma mal entendido, emociona, nos faz sentir uma alegria de outra ordem: da ordem do eterno laço que une a humanidade, o amor.
Essa felicidade que é atemporal,  por isso mesmo também é desmedida e infinita.
Que depois desse simplório estudo diante da grandeza das palavras de Joana de Angelis, possamos  permitir nossa  mudança.
Que ela venha de forma permanente e direcionada a nossa evolução espiritual. Que essa evolução seja nosso passe para a felicidade.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Texto 45

Silêncio interior

A consciência lucida é o resultado do caminho traçado pelo silencio interior.
Em diferentes níveis, o silencio interior deve ser  inicialmente compreendido da forma embrionária, ou seja , falar menos.
Quanto menos a criatura se expõe, menos chance terá de lançar ideias que desequilibram seu ambiente e sua psique.
Isso certamente não significa ainda o silencio interior, mas é o primeiro passo para se chegar a ele.
Com o tempo, habituado a falar menos, passa o individuo a abrir espaços sempre muito ocupados por assuntos infundados, levianos e mesquinhos, dando agora a oportunidade para que a mente possa se desintoxicar.
Para esse resultado existem técnicas nascidas  no oriente que remontam de épocas ainda insondáveis pelos historiadores, uma vez que estamos falando de povos cuja encarnações de “origem” estão em planetas avistados por nós apenas como minúsculos pontos de luz tamanha a distancia que nos separa.
Abertos então esses espaços o homem cresce em autoconhecimento, agora sob uma orientação diferente: a aproximação de Deus, a harmonia, a convicção da consciência cósmica.
Nesse passo a passo caminhamos à paz interior possível  no “degrau de evolução” ao qual nos encontramos e mesmo sendo o “apenas possível”, já é pra nós grandioso e profundamente transformador .

Texto 44


Alcançar o self, ou seja, encontrar sua essência, aquilo que te conecta com Deus é o caminho para quem busca a felicidade e não a distração.
Esse caminho que fazemos em direção ao eterno é marcado por tentativas que fortalece o espirito, elevando a condição da consciência.
De posse de sua liberdade, conquistada por conta de sua autoconsciência, as questões tão importantes de outrora passam a ser quimeras esquecidas e sem valor para o adiante da seara imortal.
O mundo materialista perde terreno para a humanização, que a passos largos envolve o cotidiano engrandecendo o ser na labuta terrena.
As máscaras que utilizamos, escondendo aquilo que estamos vivendo momentaneamente já não tem mais valor e o coração se aquece com o amor que compartilhamos independente do estagio que ele se encontra.
Reconhecemos e conhecemos quem realmente somos. Detectamos nossos hábitos e no que nos fazem parecer ser.
Sem mascarar nossa índole, a saturação e a vontade de transformação é inevitável.
Desejando a amplidão da alma, não mais nos satisfazemos com  as pequenas bobagens que a vida passageira do consumo pode nos oferecer.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Texto 43


  Problemas humanos; O bem e o mal ;                                                                                                                                                                 Numa necessidade antológica de dominação, o Homem  cada vez mais sofre os efeitos dessa reação natural da mente,  que precisa ser reorientada.
Uma vez necessário para a sobrevivência do homem pre histórico e primitivo, o quase instinto de dominação fez diferença em nosso quadro evolutivo, permitindo o surgimento e a manutenção dos diversos grupos sociais.
Todavia é importante que se perceba os novos tempos aos quais fazemos parte. Assim como nossas células não param de se reproduzir, renovando nossa pele, por exemplo, também precisamos renovar nossos conceitos e práticas sociais.
Causa de grandes males, a dominação vem sendo a portadora de uma serie de enfermidades individuais e sociais.
Analisando tormentos como o ressentimento e o ciúme, vamos perceber que nada mais são do que uma vontade frustrada por parte do individuo de ser atendido em seu desejo, de estabelecer regras de comportamentos e se não “respeitadas” passam por processos conturbados, gerando ilusão quanto aos acontecimentos, traçando paralelos irreais entre o que os fatos e sentimentos.
O desejo de dominação está há tanto tempo em nós que dificilmente  conseguimos determinar em que momento reagimos movidos pela vontade quase irresistível de fazer prevalecer nosso ponto de vista, nossas certezas, nossos critérios de avaliação.
Simplesmente comprometemos nosso grupo social quando agimos assim. Sem nos ater a uma analise profunda do assunto, empurramos nossa forma de pensar, tentando persuadir o outro para que corrobore conosco e aja exatamente dentro dos padrões que esperamos.
Em família, por exemplo, é comum indivíduos criarem sérios problemas de relacionamento por estarem numa guerra constante de tomada de poder. Cada um querendo impor mais ao outro sua forma de pensar e agir sem notar que isso causa graves transtornos emocionais e psicológicos.
Proveniente do desejo que arde em nossa sociedade de dominar cada vez mais, surge a alienação. Quanto mais fixamos nossas ações e pensamentos no domínio mais nos distanciamos dos verdadeiros valores, quanto mais somos dominados, menos temos vontade de realizar, de pensar, de descobrir.
O ambiente de evangelização não é o lugar para impor as regras e os conceitos espirituais. Isso a sociedade já o faz em grande monta.
Evangelização é o momento de se deparar com questionamentos, ampliando a capacidade de análise do individuo. É lugar de pesquisa, onde as palavras de Jesus não são alvo de repetições mas de interiorização. É lugar de criação, dando ao espirito a oportunidade de interagir com seu eu profundo. É lugar de refazimento energético , onde amigos desencarnados  atuam como socorristas de enfermidades de toda ordem. É lugar de enlaces  eternos, pois é desse tipo de evangelização que verdadeiros amigos e parceiros no trabalho do  bem vão se formar.