sexta-feira, 31 de agosto de 2012

TEXTO 55



No segundo ciclo estamos com crianças de sete a nove anos. O ambiente também foi disposto em tapetes e almofadas individuais.
Embora os encontros ainda sejam poucos, posso afirmar que sair das cadeiras e aderir aos tapetes e almofadas fez toda a diferença. O ambiente muda e a relação entre evangelizador e evangelizando parece se tornar mais intimista, mais franca, mais amiga. De forma descontraída e muito tranquila iniciamos o encontro com as crianças cumprimentando umas as outras e contando como transcorreu a semana. Como havíamos combinado nossa oração antes de dormir ficou estabelecida para algo em torno de 20h30min, onde mentalizamos uns aos outros, procurando emitir vibrações fraternas. Então, no momento em que estamos tendo essa conversa descontraída sobre a semana, aproveitamos para falar como foi a experiência da oração, se estamos todos conseguindo cumprir o horário, além de outras coisas que eles mencionem sobre a oração.
Passamos então a chamada, onde assinalo quem veio e pergunto se eles sabem sobre aqueles que faltaram.
Recolho então a caderneta. Importante lembrar aqui porque adotamos a caderneta.
Primeiramente ela foi feita artesanalmente por nossa muito talentosa coordenadora que realizou um trabalho delicado com EVA, reproduzindo na capa a nossa instituição. Nossa intensão é utilizar essa agenda como um lembrete que nos ajudará na campanha que a evangelização adotou sobre o culto do lar. Todo sábado as crianças trazem a caderneta e lá é colocado observações que falam sobre a importância e como fazer o culto. Dando prosseguimento a essa campanha contaremos com posterior distribuição de livros espiritas, mensagens e material infantil para ser usado durante o culto. A caderneta se torna um importante veículo da nossa campanha, alcançando as crianças e suas famílias. Vale ressaltar que pedimos as crianças para não esquecerem a caderneta mas deixamos claro que esquece-la não é impedimento para que venham a evangelização, a frequência  é mais importante que tudo.
Depois da caderneta passamos para o quadro do lema. Do segundo ciclo é “Um por todos e todos por um”. Procuramos estabelecer laços de afetividade entre os evangelizandos de maneira que dali nasça uma aliança, uma amizade, um “querer bem” genuíno, fraterno, eterno. A primeira frase é que “pode fazer teatro espirita”, referente a primeira aula onde eles construíram esquetes elaborados por eles mesmos. A segunda é “pode cumprimentar os colegas”. Procuramos ressaltar tudo o que se deve fazer e não o que não deve ser feito, focando nas coisas que trazem o bem ao grupo.
Partimos então para a historia que ganhou novos ares com esse novo ambiente. A tampa do baú aberta serve como aparador para o cenário, além da parede que fica atrás. De dentro dele, saem as mais envolventes historias com bonecos e fantoches que enlaçam não somente aos evangelizandos, mas devo confessar que também a esta evangelizadora. Além desse mecanismo, contamos com tapetes de historia, teatro de feltro  grande e cenário elaborado com EVA, feltro e TNT, dedoches e por aí vai.
Na sala contamos ainda com cortina de teatro de três metros, e painéis diversos, para as atividades teatrais desenvolvidas pelas crianças.
Uma dessas atividades era dividi-los em grupos de cinco crianças e com fantasias eles representariam de que forma os elementos da criação dependem uns dos outros para uma vida harmônica. Foi incrivelmente bem elaborado por eles e os dois grupos se dedicaram mesmo a realizar a atividade denotando a profundidade com que haviam compreendido a historia dada anteriormente.
Contamos ainda com um canto de musica, um tanto desguarnecido ainda de instrumentos, mas tenho certeza que em breve estaremos com eles. Ainda assim o violão é companheiro certo e as crianças o manuseiam além de acompanharem as “cantorias”.
Temos também o precioso canto da leitura, repleta de livros infantis carinhosamente doados por um centro espirita de Niterói e ao qual muito agradecemos. Graças a essa ação, podemos oferecer  em nosso canto a oportunidade das crianças conviverem com livros que são verdadeiras relíquias para os pequenos que estão trilhando a ceara espirita. Além disso, em material também doado, feito de pano, as crianças podem levar o livro para casa, pintando-o, escrevendo sobre ele e falando do tema lido para todos do ambiente da evangelização.
E por fim temos tinta, pincel, cavalete e tela, onde desenvolveremos a  atividade de pintura. Essa atividade será realizada no dia 08 de setembro e confesso que vem sendo motivo de certa ansiedade, ou melhor, vontade mesmo de implementa-la.
 A assistência social, departamento do centro espirita ao qual somos diretamente vinculados, nos possibilitou muito dos materiais mencionados. Além disso, providenciou pequenas caixas de som e mp3 onde gravamos musicas para ambientar antes do inicio da pintura, e que permanecerá ligado durante todo o processo.
Inicialmente escolhemos musicas gravadas ao som dos instrumentos: a harmônica e a harpa. O primeiro é um instrumento construído basicamente de vidro e o segundo é de cordas. Os dois instrumentos são reconhecidos como de vibração de ondas, o mesmo movimento que faz uma pedra que é jogada num lago, por exemplo.
Claro que estamos falando de musicas de elevada vibração que irão ajudar na harmonização das emoções.
 Cada criança receberá sua  tinta das cores do espectro solar, que são :”vermelho(raio menos frangível) média de 450 trilhões de vibrações por segundo; alaranjado 500, amarelo 540, verde 580, azul 620, índigo 660, violeta, o mais refrangível 700.Eis as sete notas desta nova oitava óptica , tudo quanto o vosso olhar percebe”. Trecho do livro A grande Síntese, de Pietro Ubalde, que diga-se de passagem é “avalizado” pelo espirito Emmanuel em seu prefacio.
Passam então os evangelizandos a pintura que não vai conter formas .A princípio pretendemos que as crianças exprimam as emoções trazidas pelo ambiente , pela musica, sem pintar coisas. Dessa forma pretendemos fazer notar ao evangelizando as emoções que sentem, como essa qualidade de musica sensibiliza o períspirito. Pretendemos ainda apresentar para os evangelizandos a pintura como fonte de externar os sentimentos de fraternidade, de amor a Deus e posteriormente como forma expressar o conhecimento  trazido pela doutrina espirita.
Sem fazer justiça ao quanto a evangelização iluminou a minha vida, sem fazer justiça a como cada atividade ali realizada é muito mais do que as palavras que eu aqui escrevi, digo que desse pobre resumo(por inabilidade minha) traduz simploriamente as atividades que desenvolvemos.
Encerro hoje agradecendo muito à Deus os dias sem palavras que vivencio depois que passei a frequentar o Centro Espirita fraternidade em Itaocara

Texto 54



Iniciamos o trabalho propriamente dito dentro da evangelização.
Como havíamos imaginado, retiramos do ambiente de evangelização as cadeiras , mesas, lápis de cor, papel, lápis e borracha evidenciando uma proposta diferente de perceber o momento de evangelizar.
Cada ciclo foi dividido segundo a idade e o ambiente respectivo  foi elaborado de acordo com o tipo de interesse de cada grupo.
A turminha do primeiro ciclo, que emana carinho e doçura, teve seu ambiente composto por tapetes individuais e almofadas. Não imaginávamos que a diferença para eles seria assim tão grande. Ficaram encantados e muito bem acomodados. Durante a contação de história o que a evangelizadora percebeu é que os pequeninos estavam confortáveis , se sentindo acolhidos, “em casa”, diferente das cadeiras que era uma espécie de “enquadramento”.
Para contar historias, uma forte vertente da nossa evangelização, abrigamos algumas ideias valiosas. Dedoches de eva e feltro, teatro de feltro, bonecos para teatro, fantasias  dentre outras coisas.
Esse material possibilitou uma historia muito mais viva, criando uma atmosfera de criatividade que sensibiliza os pequeninos, que "entram” na historia, experimentando uma relação mais profunda com a moral que o conto proporciona.
Cada ciclo tem seu lema que é destrinchado em frases que são escritas uma por encontro. Nesse caso, o lema é “sempre de mãozinhas dadas” e o quadro foi feito em formato de centopeia. As frases escritas determinam aquilo que pode ser feito no ambiente de evangelização, dito pelas crianças e direcionado pela evangelizadora. Por exemplo,neste ciclo eles escreveram duas frases: “aqui é lugar pra abraçar o amigo;  pode ficar pertinho de Jesus...
Muitas atividades vem sendo desenvolvidas e no dia 25 de agosto  teve o aniversariante do mês. Tudo feito com muito amor e transcorrido da melhor forma possível. Eles são adoráveis e esse trabalho vem ensinando cada vez mais aos evangelizadores sobre o amor .