TEXTO 89

                                                         Autoconhecimento

Iniciamos o planejamento e como nossa evangelização formula  os  próprios conteúdos, demos inicio a montagem  com Autoconhecimento. Como se observa no transcorrer desse assunto, não estamos interessados aqui em determinar o que é bom ou mau pois isso veio sendo macificamente aplicado como modelo em anos anteriores sem resultados animadores. Autoconhecimento aqui é tratado como o processo que nos retira do mecanicismo do mundo materialista, remetendo o individuo ao caminho espiritualizado, deixando de lado as quimeras que provocam as angústias, medos, fobias, neuroses, remetendo a uma vida dedicada ao trabalho orgânico, que gera movimento, que une as pessoas, os seres vivos e a natureza, tornando visível a felicidade na construção do caminho que conduz a Deus.
Vale lembrar que as atividades abaixo mencionadas não dizem respeito a atividade de cada tema em si.São passos que devem ser seguidos durante cada encontro com a intenção de buscar a sensibilização adequada para posterior acesso a intuição.Importante ainda registrar que deverá ser resguardado um momento durante os encontros para que essas atividades possam ser trabalhadas da melhor maneira possivel.
Esses passos foram elaborados pela física Danah Zohar, em seu livro Inteligencia Espiritual, tendo ocorrido pequenas adaptações para melhor atender aos  nossos objetivos.

  

Título: Os elementos que compõe o  homem integral

Tema: Corpo, períspirito, espirito, alma.

Objetivo: Compreender os elementos  dos quais somos constituídos durante a encarnação

Atividade: iniciar a técnica de meditação que deverá ser repetida em todos os encontros

Titulo: A mente e seus reflexos

Tema: Como a mente reage e produz impulsos por estar ela trabalhando sem o controle consciente do espirito.

Objetivo :detectar as manifestações da mente, observando a ausência de si nesses eventos.

Atividade: ler paginas de um bom  livro espirita percebendo as emoções que causam e porque

Titulo: A mente e o períspirito

Tema: A mente “interfere” no períspirito, lançando conceitos, imprimindo emoções, e equivocadamente  filtrando possíveis percepções advindas através da intuição.

Objetivo: saber que a mente se divide em dois lados: o esquerdo que trata da razão e o direito que dentre outras coisas trata da intuição.

Compreender que os dois lados devem trabalhar da seguinte forma:

Busca-se o conhecimento, através de leituras e estudos, etc.

Deixa a mente vagar pelos conceitos novos

Ocorre  o “insite”

Utiliza-se o raciocínio a fim de esclarecer de forma sistemática, provando aquilo que se concluiu.

Atividade: Levar as crianças até o pátio, permitindo que apenas contemplem a paisagem, fazendo fluir o pensamento , sem se ater a nenhum deles.

Titulo: O períspirito

Tema: A construção do períspirito ( até onde temos informação) , sua função  e como podemos  melhor trabalha-lo.

Objetivo: Cada um deve desenvolver “intuitivamente” acessos mentais que possibilitem um dialogo  consciente com o períspirito, para que, assim como nos preocupamos com a saúde do corpo material, também nos dediquemos a saúde  perispiritual, ou organizador biologico.

Atividade: Escutar verdadeiramente uma obra musical espirita, percebendo as associações mentais e emocionais que provocam.

Titulo: Alma e intuição

Tema: A alma por concepção é o sopro divino em nós, perfeita em sua formulação.

Objetivo: Perceber a intuição como o primeiro passo dado em direção a alma, sexto sentido do individuo, primeiro sentido espiritual do homem integral.

Atividade: Prestar realmente atenção a cenas do cotidiano buscando se esclarecer dos motivos que as desencadearam. 

Titulo: Meu papel no mundo

Tema: Quando suas escolhas são realmente suas e quando são do mundo.

Objetivo: identificar  como os meios de comunicação, grupos econômicos, redes sociais , etc., vem determinando a personalidade de cada um.

Atividade: iniciar um diário onde os acontecimentos bons e ruins serão descritos enfatizando como o individuo respondeu a eles ( fatos) e porque.

 Titulo: O Eu interior

Tema: O encontro consigo é possível: você não é verdadeiramente o que aparenta na presente encarnação.

Objetivo: Encontrar o caminho do EU interior com a ajuda de técnicas que permitam sempre momentos de  introspecção.

Atividade: Escrever um diário de sonhos, refletindo o porquê dos acontecimentos.

Título: O Eu de cada um

Tema: Todas as nossas encarnações são importantes para o nosso crescimento e para o coletivo, assim como todos os espíritos são importante para mim.

Objetivo: Reconhecer que todos são de grande importância para o coletivo e que assim como eu, cada grau evolutivo é um avanço em direção daquilo que realmente somos.

Atividade  Ao final de cada dia refletir sobre as seguintes questões: o que eu fiz que gostaria de ter feito diferente? O que eu me surpreendi ao fazer? Em que momento me senti feliz por minha ação? Que ação realizei que colaborou com o melhor viver da minha comunidade?

Titulo: Minha responsabilidade, nunca culpa.

Tema: A culpa é o gesso  de qualquer processo, pois trata-se de passado, imutável. A responsabilidade vem a frente no tempo, é sobre algo que ainda vai acontecer, futuro e portanto, passível de ser construído;  culpa paralisa o individuo, enquanto que a responsabilidade coloca o homem em movimento.

Objetivo:  realizar que o  autoconhecimento trata de tornar o individuo responsável por si e pelos outros.  

texto 88

Intuição


É possível conceituar a intuição como sendo o sexto sentido humano e o primeiro, por assim dizer, sentido da alma.
Sabemos também que a alma é o que de mais puro temos em nós uma vez que ela representa o próprio sopro de Deus. Imaculada é a alma a máxima representação de nós mesmos, sendo ela o principio o meio e o fim que Deus traçou para nós.
Se está na alma a resposta das questões formuladas por nós no estagio evolutivo em que nos encontramos, é fluindo para a intuição que estaremos dando o passo seguinte.
Mas como podemos fluir sem nos enganarmos diante do cérebro?
É importante nos conhecermos primeiro, ou pelo menos termos uma vaga noção da maneira que somos constituídos.
Nosso cérebro,restringindo bem o assunto para efeito desse estudo, tem dois lados:o direito, que estaria envolvido com a criatividade e o esquerdo que estaria envolvido com a razão.
Nenhum dos dois lados, devem ser percebidos com menos valor ou mesmo como sendo maléfico ao processo de desenvolvimento espiritual.
Esse pensamento é de extrema importância pois se valendo dele vamos caminhar a passos largos em direção a intuição.
Os dois lados do cérebro trabalham com afinco em nosso cotidiano, entretanto ativamos aquele lado segundo nossas inclinações. Independente do lado que mais se trabalha, o importante aqui é saber utilizar os dois lados.
Considerando o que diz o autor do livro e o que dizem pensadores e cientistas, há um certo mal entendido quanto ao funcionamento do cérebro.
Dado certo assunto, não devemos colocar em pauta o tema imediatamente a analise. Primeiro devemos nos informar sobre o assunto e para tanto estaremos utilizando o lado esquerdo do cérebro como depositária de conteúdos mas sem o filtro que a razão utiliza tão freneticamente. Em seguida, devemos acessar a intuição, deixando, por assim dizer, o assunto “hibernando”. Nesse momento a intuição trabalha, pois tem acesso ao tema. Como ela é o sentido da alma a resposta vem pois que nela está o conhecimento das coisas que nos rodeiam.

 Assim descreve   Albert Einstein  "Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo - o único caminho é a intuição"

A razão vem depois da intuição, como fazia Platão, que capitava diversos conceitos e apenas depois é que provava segundo o racionalismo.
A razão deve ser segundo a necessidade de quem a usa e não o homem deve ser segundo o que determina a razão. Em outras palavras, nós devemos ter o controle de nossas faculdades e não ao contrário, pois já foi demonstrado inúmeras vezes que o cérebro é como um carro que precisa ser dirigido.
O cérebro é um incrível aliado do homem, o erro está em não vermos que ele é uma ferramenta e não a direção em si. Muitas vezes aquilo que garantimos ser a realidade de um fato não passa de mero engano produzido por seus sentidos que humanos que são estão contigo para serem adestrados.
Da mesma forma o cérebro que tantas vezes traduz um acontecimento de forma equivocada, precisa ser trabalhado para servir a determinado proposito, cabendo a intuição a formulação da realidade, pois que essa é um sentido para além do corpo humano.
Estar presente na própria vida é muito mais interessante que passar por ela sem mesmo ter se percebido vivo!
O auto descobrimento tem sua primeira parada na periferia de nós mesmos... nosso cérebro. É preciso compreendê-lo como uma ferramenta e acioná-la da forma correta.
O passo seguinte é como desbravar o caminho da intuição, e é isso que veremos no próximo encontro no Centro Espirita Fraternidade.
Sabemos que o trabalho desenvolvido com a pintura teve várias etapas de apoio, digamos assim.
Durante os sábados transcorríamos os conteúdos de forma sempre a tocar os dois lados do cérebro, pois os temas eram desenvolvidos diante da premissa da criatividade .Apenas no fechamento do conteúdo, utilizávamos a pintura dando alguns direcionamentos:
Não se deveria pintar formas do cotidiano como casas, pessoas, etc
Antes da pintura era feita a ambientação com musicas religiosas e clássicas que utilizassem a harpa, dentre outro instrumentos,  por proporcionar  reconhecidamente vibrações de onda, como acontece com um lago quando jogamos uma pedra.
Pedíamos para que pintassem o que sentiam quanto ao tema desenvolvido.
Entendemos que abrimos um caminho mais claro em direção a intuição com essa atividade.
Não transcorremos sobre teorias de pintura nem mesmo  sobre pincéis ou técnicas, embora existam evangelizandos que demostraram vontade de fazer um curso de pintura propriamente dito. Foi da intuição que fluíram quadros que tocaram em algo profundo naqueles que os viram e muito além naqueles que  pintaram.
Da mesma forma vamos desenvolver a atividade da musica.Não pretendemos nos ater em teorias musicais embora possamos muito bem encaminhar os que porventura  venham a desejar.
O que pretendemos é introduzir a musicalidade pelo caminho da intuição e não da razão, dando oportunidade ao evangelizando de conhecer a musicalidade que vibra em sua alma.
É através da intuição que músicos de outrora podem ressurgir durante os trabalhos da evangelização.  
Por isso esse estudo é tão importante para nós evangelizadores.Precisamos sair do “lugar comum” que estabelece bom e ruim e adentarmos os caminhos da sensibilidade que espiritualizam, distanciando o homem das quimeras infantis do materialismo, dando a oportunidade de seguir na estrada interior que conduz ao encontro com Deus.
  

  

    

Texto 87

Como previsto, demos inicio aos estudos que acontecerão todos os sabados depois da evangelização.
O livro agora escolhido foi A Grande Síntese, de Ubaldi.


 Cap I e II

A cada ciclo histórico, nosso planeta desenvolve certas facetas nas diversas áreas segundo planejamento do plano espiritual.

Toda nova ideia que nos chega através de gênios, é assegurada pelo Alto que usa da intuição como veiculo de transmissão.

Então podemos dizer que um espirito que já tenha encontrado o caminho que leva a intuição, receba novas orientações, ditadas pelo Alto, seguindo um planejamento minuciosamente elaborado. Em seguida, esse conhecimento se torna foco de discussões e ponderações; passa pelo processo de estudo que faz uma espécie de dissecação do assunto em questão; é introduzido no cotidiano ; só então absorvido de tal maneira que não mais o consideramos destacado mas antes um conceito totalmente acoplado a nós; passamos a outro assunto e recomeçamos o processo.

Se nesse século é a ciência que vem abrilhantando nossas mentes, viabilizando visão de vida muito mais etérea do que material, infelizmente ainda tem o homem que toma esse saber de forma desconecta, antecipando a histeria do apocalipse por estar ainda afinado com a imaturidade do homem materialista e por consequência, se mantendo distante do espirito eterno, do homem integral.

Ciência voltada para maquinas e comodidades não passa de lata sem alma. Na verdade cabe a ciência, como tudo que cerca a humanidade, colaborar para tornar o homem melhor.

Enquanto nos detemos na razão sem dela nada tirar proveito para a única caminhada que realmente importa, a espiritual, vamos nos distanciando do encontro com nossa própria alma, ponto de luz soprado por Deus.

É preciso deixar de lado o eu exterior, esse que se restringe a uma encarnação.é preciso desfazer a ideia que tem de si mesmo e ler cada pagina desse livro como um olhar um pouco mais profundo de si.

Mesmo as tendências não devem ser confundidas com os hábitos que tão freneticamente alimentamos.

Não determine nada sobre si e busque em seu Eu eterno o motivo de cada decisão tomada. Mas podemos ainda questionar: Qual o valor então do eu exterior? De que me serve a consciência exterior clara?

Nossa caminhada evolutiva obedece ao ritmo da conquista e da construção. Cabe a nós mesmos nos conquistarmos, nos construirmos.

Assim é através da consciência exterior que absorvemos conceito, elaboramos conteúdos que farão a estrada com destino ao nosso EU interior.

Então temos a ferramenta ( consciência exterior) e precisamos usá-la agora a nosso favor. Experimentar, criando um mundo de sentimentos que humanizam o homem é o passo decisivo.

Dessa busca que silencia as tormentas criadas pela razão chegaremos a intuição, expressão maior nesse momento do quadro evolutivo ao qual o homem se encontra, é ela, a intuição, o contado primeiro com nosso interior. Um sentido além dos sentidos que a matéria nos apresenta, ela é a ponte que liga você com a realidade.

Esse é então o caminho para essa evangelização.

Levar a criança e o jovem a percorrer esse caminho que permite a interação com a intuição de tal forma que seja possível considera-la como mais um de seus sentidos.

Portanto durante a pintura, nunca se aventou ensinar sobre técnicas, mas antes buscar em se interior as cores de suas emoções.

Como também será na musica.Não estamos interessados em meramente passar técnicas mas antes em abrir as portas da intuição, iluminando o caminho que levará ao EU interior.