sexta-feira, 26 de setembro de 2014

VIGÉSIMO ENCONTRO, dia 26.09

Lembramos que estamos direcionando os encontros de evangelização baseado em tres pilares.
Primeiro, trazemos por norteador aquilo que a crianças traz de curiosidade, para que possa ela elaborar sua propria maneira, seu caminho "pesquisador" entorno do assunto abordado, aqui a vida de Jesus. Então o encontro tem por partida a pergunta que a criança irá elaborar no dia do encontro.
Segundo, a criança coloca na roda todo o conhecimento que traz. Importantíssimo lembrar aqui que todo conhecimento compartilhado é precioso material para o encontro.
Terceiro, o conhecimento do evangelizador precisa estar apurado, para muito além das normativas morais que a doutrina apregoa. Antes, é de fundamental importância que tenha conhecimento dos mecanismos da LEI  até disponíveis na literatura espírita . Assim mais uma vez acentua-se a necessidade de um conhecimento verdadeiramente plural em áreas como a da física contemporânea, da natureza, expostos no livro A Grande Síntese.
Dessa forma, cabe ao evangelizador se munir de muito conhecimento, reconhecer a necessidade de estudar com periodicidade e levar atividades para serem desenvolvidas na surpresa das questões elaboradas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Décimo Oitavo Encontro, dia 13.09

Lembrando que estamos diante de um  novo processo, vamos continuar a falar da tematica já delimitada anteriormente ( a vida de Jesus) , contudo com o eixo de cada encontro desenvolvido a partir dos questionamentos das crianças.
Vale ainda reforçar que cabe ao evangelizador um conhecimento profundo envolvendo os dois livros : Boa Nova e A Grande Síntese.
No primeiro encontro sob essa nova perspectiva, o segundo ciclo, por exemplo, lançou uma pergunta: Como Jesus curou o cego? Tomamos então o assunto sem encerra-lo sob a apreciação do grau evolutivo de Jesus.Desse fato todos nós sabemos, mas como se opera uma cura ? o que é uma doença? Como ela se processa? Como Jesus escolhe aquele que irá curar? Enfim, uma sequencia de perguntas secundárias foram sendo elaboradas. Foi tomada então pela evangelizadora duas vertentes.O momento histórico( onde e quais apóstolos estavam juntos a Jesus) e o capítulos de A Grande Síntese envolvendo a Lei.
Para que o assunto tratado possa ser melhor "investigado" e percebido pelas crianças, é importante que possam tratar dele, num sentido mais experimental.
Sugiro fomentar um evento. Ele pode acontecer de formas distintas, como encenação, uma musica, poesia, uma história, enfim, de diversas maneiras. O importante é reforçar todo o dialogo travado sobre o assunto do encontro anterior, de forma ainda mais profunda que antes.Seguindo a proposta de rotina, ficaria assim:
Roda de conversa, observando as indicações já contidas nesse blog

Pergunta Propulsora
Como , na opinião de cada um, Jesus curou o cego?

Análise
Que novas considerações temos a acrescentar?

Aplicação
Cada criança tratará de suas ideias com seu grupo, procurando retratar nas atividades mencionadas( encenação, musica,poesia, etc)

Conclusão
Um fechamento não significa a certeza do encerramento de um assunto, mas antes pontos relevantes descobertos que merecem serem mencionados.Lembrando sempre que estamos falando em dinamismo e portanto reconhecemos nossas limitações nos saberes.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Décimo Sétimo Encontro, dia 06.09

REPENSANDO PARTE DA VIDA DE JESUS

Toda história precisa ser iniciada para que os atores possam começar, segundo suas proprias experiencias anteriores, uma elaboração autonoma de questionamentos.
Falar da vida de Jesus não pode ser entendido como uma reunião de fatos históricos. É preciso ir além. Também não podemos crer que para evangelizar basta um encontro de uma hora e meia semanalmente.Se continuarmos a crer nisso, veremos boa parte  de nossas crianças se tornarem jovens e frágeis as problemáticas sociais que enfrentam, num mundo de valores extremamente capitalista.
Com o pouco que já dispomos até aqui sobre Jesus, podemos agora seguir num outro sentido. O material que o livro A Grande Síntese passa a expor, requer uma atuação diferente por parte das crianças- é preciso que eles encontrem via evangelizadora, a mola que impulsiona a vontade do saber. Essa mola se chama curiosidade, que nada mais é que a vontade do saber.A curiosidade surge quando ligamos o saber(teoria) à prática( algo que experimentamos).
 Aqui portanto fazemos uma ruptura entre o evangelizador que facilita , que media e aquele detentor de todo saber. Essa transição aqui proposta foi desenvolvida de forma gradual. Tivemos um encaminhamento extremamente amarrado desde o inicio abrindo espaço com "a experiencia pessoal" , utilizada até então.Sendo ela o terceiro gancho na tríade  formado pelo Livro Boa Nova e A Grande Síntese, vamos agora direcionar no sentido contrário, ou seja, partiremos do da "experiencia pessoal" em direção aos livros mencionados.
Esse é um passo importante a ser dado. Para tanto o evangelizador precisa estar atento pois a leitura dos livros precisa ser atualizada toda semana.Isso se deve ao fato que pode ser trazido ao momento do encontro uma experiência que resulte em um determinado questionamento. Para poder ter o domínio de sua integralidade, o evangelizador precisa se envolver completamente com a temática.
Aqui será postado uma síntese dos dois livros, paulatinamente, a título de esclarecimentos sobre os dois livros. Ainda é importante ressaltar que não estamos falando de uma evangelização que se detém apenas a questões de moral cristã, mas antes dos mecanismos universais e  espirituais e suas relações as quais somos atavicamente  ligados.
Fica aqui uma proposta de rotina à ser trabalhada nessa perspectiva:

Roda de conversa
 Momento onde a criança e o evangelizador falam sobre fatos, acontecimentos que estejam rondando o grupo ou ao indivíduo. Importante aqui a evangelizadora se ater aos assuntos, sem se antecipar ao passo seguinte. Muitas vezes a criança tem muito menos oportunidade de falar de si do que o adulto.Contudo  falar  sobre aspectos pessoais é uma oportunidade de familiarização sobre si , de percepção sobre o real, um exercício muito importante. Quando nos deixamos guiar pelos sentidos e emoções  via de regra nos enganamos acerca do real. Uma das maneiras de atuar no âmbito da realidade está no exercício da fala sobre si e suas reações. Portanto esse momento é muito importante para a o evangelizador.
 
Pergunta Propulsora
  Lembramos que estamos como tema norteador a vida de Jesus, a pergunta pode surgir durante a roda de conversa como pode ser lançada da seguinte maneira: o que vocês gostariam de saber sobre Jesus?
Nesse momento o aluno tende a refletir sobre si e voltar um questionamento que ligue o momento de sua vida com um ensinamento de Jesus. Esse processo foi "ensaiado" até qui pela maneira como a evangelização atuou até então. Levamos para dentro dos encontros a possibilidade e o desenvolvimento do "estar" de fato presente. Aguçamos os sentidos para que esses não se ancorem nas sugestões mentais e seus arquétipos, mas sim no processo intuitivo. Elaboramos caminhos para a revelação da alma como fonte de amor divino.

Busca nos livros indicado pela evangelizadora
 Determinada a pergunta ou perguntas parte-se para sua resposta. Nunca definitiva, muito menos dogmática.A resposta a qualquer pergunta é uma construção que cada vez se aprofunda mais segundo nossa condição . Caso a turma se divida nas perguntas podemos montar grupos distintos a procurarem suas respostas para posteriormente apresentá-las ao grupo.
Importante ressaltar, mais uma vez, que a evangelizadora precisa ter um conhecimento profundo sobre os dois livros pois será ela que apontará onde nos livros estão situados "indícios de esclarecimentos".

Análise
 Ao pesquisarem , poderão debater. Esse será um processo natural dado os passos já desenvolvidos  ao longo desses anos de evangelização.É interessante que a evangelizadora atue de maneira a se certificar que as duvidas foram temporariamente sanadas. Existe uma maneira que viabiliza essa percepção sem sabatinar. E isso acontece justamente no momento seguinte, a aplicação.

Aplicação
Aqui a criança será capaz de traçar ligações entre aquilo que construiu como resposta e o momento pelo qual passa, pois foi justamente esse momento que a fez formular a pergunta. Não existe curiosidade sem experiência previa. Toda experiência nos leva inevitavelmente a outra experiência.Todo fazer nos leva a outro.Esse mecanismo precisa ser percebido de forma consciente e é na aplicação que esse processo passa a ganhar corpo, para desembocar na conclusão.

Conclusão
Esse é um momento de finalização por um lado e iniciação por outro.Trabalhamos ate aqui num processo de transformismo e mais que uma palavra esse precisa ser um conceito realizado de forma consciente.Então dar o "tom" de continuidade é fundamental. Não há conclusão absoluta. Como já mostramos para as crianças nada se esgota, tudo se transforma, muda de patamar. Se percebemos que o mal é a ausência temporária do bem, também sabemos que os conceitos de bem e mal podem ser mais relativos que absolutos.
Isso retira a criança do conceito engessado do sofrimento, que a tantos tem levado ao suicídio , por exemplo.
A conclusão gira sempre entorno de um novo posicionamento da criança, uma tomada de decisão , uma mudança e aprofundamento em determinado foco.

Importante relembrar que é preciso se ater aos dois livros, evitando assim dogmatizar ou circular entorno da moralização. Normalmente esse procedimento não atinge nem mesmo a nós adultos, porque seria interessante as crianças? É preciso esclarecer quanto as relações de energia sem qualificações vazias como "positiva e negativa" ou "espíritos inferiores e superiores". Antes,  tem muito mais valor perceber que A Lei produz o mesmo efeito nos tres estados- alfa, beta e gama, a exemplo da lei da atração, que em alfa é percebida como gravidade, em beta como simpatia e em gama como amor.

Enfim acredito que esse seja mais um passo importante que estamos dando para o aprofundamento de nossa percepção  sobre evangelizar.