A felicidade
Nesse ultimo texto, pretendemos construir a ideia de
felicidade.
Tantas vezes confundida por nós com prazer, a felicidade tem
alicerces mais amplos do que nossa percepção desavisada e viciada em analises
instantâneas pode compreender.
Como visto antes, a dor e o sofrimento passam sempre pela perspectiva
de como o individuo irá defini-las. Se souber a verdade da vida eterna e justa,
passará pela dor como um meio de se libertar dos desequilíbrios atavicamente cultivados e assim sendo, quem dirá que desse
aprendizado libertador não nascerá a felicidade?
A felicidade não é uma conquista efêmera. Não se trata de
algo que tem fim como o prazer.
Cada passo dado em direção a Deus, ao cosmos, cada evento
que faça mais próximo os elementos da criação divina é uma face da felicidade
que se alcança.
O prazer em adquirir uma coisa ou ainda, destaque social,
não passa de mero evento massageador do ego que o materialismo oferta como
recompensa para quem se deita sobre ele.
O sistema materialista que abraçamos com tanta veemência e
muitas vezes sem nos dar conta, é como
um elemento que se transforma sempre para dar continuidade a sua sobrevivência. Em momentos que parte da
humanidade começam a tomar ciência e propagar ideias de fraternidade e nova
era, o materialismo busca contemplar o prazer, fazendo crer que é capaz de
proporcionar a felicidade, tão falada em círculos espiritualistas.
Engano nosso.
A felicidade anda junto conosco quando somos capazes de
deixar de lado os hábitos materialistas alimentados milenarmente. Feito
perfeitamente capaz de ser experimentado por nós, passamos a nos enxergar como
realmente somos sem as mascaras da culpa ou da desculpa sobre as decisões que
tomamos.
Começa então um processo de desembaraço mental, caminho
certo para a introspecção que resultará no autoconhecimento. Falando menos e se
instruindo mais, abriremos espaço para que nossa mente possa se ater a assuntos
pertinentes a realidade da vida espiritual, se distanciando definitivamente dos
enlaces materialistas.
O idealismo, o planejamento, o foco na espiritualidade fará
com a mente não mais produza ilusões com as quais costumamos “justificar as
ações equivocadas que praticamos“. Passaremos a ter uma visão mais clara da importância
daquilo que fazemos ao outro sem as culpas que cegam, mas antes, elevando a própria
moral para reformular os males causados.
Transformar um
sofrimento que impomos a alguém ,
desfazer uma mal entendido, emociona, nos faz sentir uma alegria de outra
ordem: da ordem do eterno laço que une a humanidade, o amor.
Essa felicidade que é atemporal, por isso mesmo também é desmedida e infinita.
Que depois desse simplório estudo diante da grandeza das
palavras de Joana de Angelis, possamos permitir nossa
mudança.
Que ela venha de forma permanente e direcionada a nossa
evolução espiritual. Que essa evolução seja nosso passe para a felicidade.