terça-feira, 3 de abril de 2012

Texto 43


  Problemas humanos; O bem e o mal ;                                                                                                                                                                 Numa necessidade antológica de dominação, o Homem  cada vez mais sofre os efeitos dessa reação natural da mente,  que precisa ser reorientada.
Uma vez necessário para a sobrevivência do homem pre histórico e primitivo, o quase instinto de dominação fez diferença em nosso quadro evolutivo, permitindo o surgimento e a manutenção dos diversos grupos sociais.
Todavia é importante que se perceba os novos tempos aos quais fazemos parte. Assim como nossas células não param de se reproduzir, renovando nossa pele, por exemplo, também precisamos renovar nossos conceitos e práticas sociais.
Causa de grandes males, a dominação vem sendo a portadora de uma serie de enfermidades individuais e sociais.
Analisando tormentos como o ressentimento e o ciúme, vamos perceber que nada mais são do que uma vontade frustrada por parte do individuo de ser atendido em seu desejo, de estabelecer regras de comportamentos e se não “respeitadas” passam por processos conturbados, gerando ilusão quanto aos acontecimentos, traçando paralelos irreais entre o que os fatos e sentimentos.
O desejo de dominação está há tanto tempo em nós que dificilmente  conseguimos determinar em que momento reagimos movidos pela vontade quase irresistível de fazer prevalecer nosso ponto de vista, nossas certezas, nossos critérios de avaliação.
Simplesmente comprometemos nosso grupo social quando agimos assim. Sem nos ater a uma analise profunda do assunto, empurramos nossa forma de pensar, tentando persuadir o outro para que corrobore conosco e aja exatamente dentro dos padrões que esperamos.
Em família, por exemplo, é comum indivíduos criarem sérios problemas de relacionamento por estarem numa guerra constante de tomada de poder. Cada um querendo impor mais ao outro sua forma de pensar e agir sem notar que isso causa graves transtornos emocionais e psicológicos.
Proveniente do desejo que arde em nossa sociedade de dominar cada vez mais, surge a alienação. Quanto mais fixamos nossas ações e pensamentos no domínio mais nos distanciamos dos verdadeiros valores, quanto mais somos dominados, menos temos vontade de realizar, de pensar, de descobrir.
O ambiente de evangelização não é o lugar para impor as regras e os conceitos espirituais. Isso a sociedade já o faz em grande monta.
Evangelização é o momento de se deparar com questionamentos, ampliando a capacidade de análise do individuo. É lugar de pesquisa, onde as palavras de Jesus não são alvo de repetições mas de interiorização. É lugar de criação, dando ao espirito a oportunidade de interagir com seu eu profundo. É lugar de refazimento energético , onde amigos desencarnados  atuam como socorristas de enfermidades de toda ordem. É lugar de enlaces  eternos, pois é desse tipo de evangelização que verdadeiros amigos e parceiros no trabalho do  bem vão se formar.


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