segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

texto 12

Autodescobrimento
Se está em busca da verdade, pode se preparar para uma viagem longa e delicada, pois ela, a verdade, está exatamente onde você sempre esteve, dentro de ti.
Esse ser adormecido dentro de você,  de  compaixão e amor que você vez por outra visita, traz  a verdade que Deus já havia plantado na alma do homem, e que Jesus fez brilhar com seus ensinamentos.
Inebriado pelas ilusões que vivemos durante nossas encarnações, soterramos a capacidade de distinguir  entre o bem e o mal, nos escombros do materialismo secular.
Sem se dar conta, o homem vem buscando o êxito na fantasiosa vida material, se tornado um débil escravo das exigências do ter, sem perceber as dores que causam a si e aos outros, descartando a possibilidade de retomar o encontro com aquela verdade que Deus colocou em sua alma.
Amargurados, ferimos nossos filhos que ferem seus filhos numa continua desumanização que percorre gerações confusas.
Justificando nossos atos , qualificando como ignorantes, não percebemos que o materialismo vem nos arrastando como folhas flutuantes num rio turbulento, nos remetendo a uma rotina castigante de massificação, nos levando a ansiedade, ao medo, a insegurança, ao suicídio, seja ele direto ou indireto.
Quanto mais tempo o bolo fica no forno mais ele queima.Quanto mais tempo vivemos no materialismo, mais agravados são seus efeitos nas gerações que se seguem.
Estamos nos escondendo, nos omitindo. Nosso reforço ao ego do ter, tem lançado dores aos pequeninos de todas as gerações em qualquer classe social.
Não há país que não sofra com os preceitos materialistas, pois que a filosofia que impõe a matéria como componente mais precioso, consome a humanidade, esteja ela onde estiver.
O dinheiro muda de conta bancaria, faz cair homens, pois que o importante para a filosofia que adotamos não é o homem feliz mas antes  a riqueza e sua máxima  produção.
A miséria que cresce no mundo é o retrato da importância da matéria sobre o humano.
Perseguindo as necessárias quantias para a sobrevivência que acabam sempre sendo pouca, nos vemos sempre preocupados em garantir mais e mais.Nunca é o suficiente independente da sua classe social.
Não é essa a verdade quando estamos no plano espiritual pedindo ou acatando a reencarnação que se chega até nós. Ao promover nosso enlace com o corpo, nossas metas não estão envoltas naquilo que somos capazes de amealhar, ou nos prazeres passageiros que a matéria pode nos ofertar mas sim nas conquistas, no campo espiritual que pretendemos alçar.
Ajudar, fazer parte de algo regenerador, trabalhar para servir, aprender amar a todos com a verdade da igualdade, são alguns dos anseios de quem vem para este mundo. Entretanto, nosso tempo está voltado para os ganhos materiais  e sem que se perceba, sua meta se volta para os ganhos, em detrimento de tudo, de todos.
Sem que o homem faça mais parte dos objetivos do próprio homem, justificamos as ausências na própria família, nos estudos da doutrina, nas orações ou ações que tem como ator principal o amor e passamos a julgar irmãos pelo que eles tem a apresentar materialmente. O grande êxito está em como se fala, como se veste, onde mora e se seus bens  podem gerar impacto no seu grupo social.
Assim, somos aquela folha que ora submerge no desespero da queda, ora emerge na inebriante extravagância que produz.
Não precisamos estar na correnteza. Um dia escolhemos por estar nela, mas também podemos optar por sair dela. Justamente aí entra o autodescobrimento.
Entender que vivemos sob o domínio materialista e que não estamos buscando o controle da própria vida é o primeiro passo em direção do autodescobrimento.Reconhecer que através da mudança de hábitos estaremos dando um grande passo para nossa humanização é o segundo passo.  
Somos luz divina conquanto fomos criados por Ele. Buscar o foco da vida terrena nos preceitos espirituais é caminhar a passos largos em direção a nossa humanização.
Só há tranqüilidade quando nossa razão está consciente dos atos que praticamos.Só utilizamos nossa razão quando estamos pensando no bem de todos e não apenas no nosso.
Nossa essência é a da união pela fraternidade e nela encontramos a verdadeira vida. Nela, nossos sobressaltos terminam e as angustias se tornam fatos da historia.
Na comunhão está a união da grande família ao qual cada um de nós é parte imprescindível. Se cada pessoa der a mão a alguém a quem queira bem  , um seguindo o outro, logo estaremos abraçando o mundo inteiro, pois que estamos unidos, todos do planeta, por um laço invisível, que não deixa ninguém de fora.
Se alguém sofre, outro alguém sofre também por querê-lo bem. Mas se estamos num planeta onde os homens se procuram para o melhor, então a infelicidade, os medos, as angustias não mais encontrarão morada no nosso mundo.

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