segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

texto 9

MITO
No capítulo 2, último tópico, a autora nos esclarece quanto a fábrica que nos tornamos ao longo dos tempos, de produção de mitos que é a  representação falsa e simplista, mas geralmente admitida por todos os membros de um grupo.
Tratando o assunto sob olhares diferentes inclusive quanto a definição de mito, Joanna de Angelis nos transporta a uma época onde compúnhamos a idéia de um Deus que alternava ora  como um ser cruel e vingativo, ora como invejoso de nossas aptidões.
Essa construção infantilizada e estilizada de Deus é nosso retrato quanto as avaliações que ainda fazemos das coisas que nos cercam, construídas por nossa tentativa de justificar os fatos que produzimos corriqueiramente.
Enrolados na teia do materialismo, promovemos nossos mitos, deixando que as aparências falem mais alto do que a realidade.
Sem uma análise mais aprofundada daquilo que fazemos com o nosso tempo, sem realmente analisarmos nossas atitudes e ações, não seremos capazes de perceber o que está errado em nossa conduta.
Da mesma maneira que Platão coloca a necessidade de avaliação de nossas crenças, a autora mostra a necessidade de avaliarmos aquilo que professamos com a forma que agimos.
Que mídia estamos utilizando na nossa vida?
Aquela que promove personalidades extravagantes como fonte inesgotável de riquezas e dores , ou aquela que une as pessoas, fazendo surgir idéias compensadoras ao espírito eterno?
Existem as duas, basta você escolher.
Não é necessário continuarmos  alimentando nossa ignorância. Os mitos criados por poucos,  não precisam ser seguidos por  ninguém. Compreender que retirar as algemas lembradas  por Platão e corroborada pela autora,  é um passo que farão surgir todos os outros passos que nos levam a realidade.
Desmistificar criações e conceitos elaborados para servir ao sistema materialista, é romper com esse circulo vicioso de heróis, que promovem a cegueira, que promovem mais heróis.
Da mesma maneira que deixamos de lado o Deus cruel e muito controverso do passado , e passamos a conviver com o Deus que é só amor e justiça para todos, também podemos deixar de lado a vida cruel e controversa que inventamos para nós e passar a viver uma vida de amor e justiça.
Tudo é uma questão de estudar, se esclarecer, se conhecer , “se ajustar” e recomeçar, na certeza de que somente nós podemos dar o rumo que desejamos para alçar mais um passo na nossa escalada espiritual, tomando as atitudes de:
 Voltar o pensamento  para o bem comum,tentando soluções para diminuir a dor de alguém;
Desempenhar o trabalho no mundo materialista, focado não em  ganhos, mas no ganho que teus irmãos terão, com tuas ações, por conta do teu labor;
Fazer do estudo, durante teu período letivo,um centro de pesquisa interno, se debruçando sobre os ensinamentos de teus professores, na prerrogativa de desenvolver  saídas para a vida digna de milhões de irmãos que vivem em bolsões de miséria espalhados pelo mundo;
Elevar teu cérebro em  preces sinceras,  que possam se tornar úteis,  transformando  eventuais desafetos, em irmãos,  na luta da existência etérea.
Ser capaz de deixar os vícios que alimentam os mitos, que por sua vez enraízam em nós, as metas materialistas.
Enfim, viver agora nossa construção de homem integral, priorizando em nossas ações sempre o nosso  próximo, buscando no estudo das páginas desse livro o roteiro da nossa caminhada, abandonando as frases de efeito que costumamos a ler e dizer, saindo da aparência que estaciona, mergulhando na verdade que liberta.  
   

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