terça-feira, 17 de janeiro de 2012

texto 7

                                                   Liberdade


A liberdade é uma da mais corriqueira causa de explosão de violência na historia da humanidade que qualquer outra já registrada.
São infinitos os povos ou mesmo grupos religiosos, que em nome de ilusões e justificativas tão insanas quanto infantis, travavam lutas sangrentas e cruéis, buscando a dominação ou reclamando direitos passageiros.
Certo que nos cabe buscar a liberdade. Na construção por uma vida equilibrada e plena, cabe ao homem gerir sua própria vida, tomando para si as responsabilidades que lhe são devidas na sociedade, não se permitindo ignorar que a instauração da ordem e justiça na terra são de competência dos homens e que para te-las é necessário estabelecê-las.
Toda ação geradora de agressão, física ou moral, terá a sombra da reação. Assim, verificamos que não será dessa forma que encontraremos a liberdade,  visto posto que ,justamente a liberdade, é condição na criação do nosso amado Pai. Todo espírito é livre para escolher sua semeadura.
Além da violência, usamos com mau juízo a liberdade, quando a confundimos com a libertinagem. Conclamada pelos meios de comunicação, acabamos conceituando por liberdade a possibilidade de falarmos e fazermos qualquer coisa, seja o que for, doa o quanto doer.
Nessa linha, sem que percebêssemos, abrimos as portas de nossas casas, permitindo que os grupos interessados na produção instantânea de “heróis” , por tanto de lucros , ditem regras de comportamento, adoecendo ainda mais nossa sociedade, tendo por justificativa que tudo deve ser liberado.
Precisamos repensar liberdade.
Joanna de Angelis, em seu precioso texto, nos chama a atenção para o desatino que estamos vivenciando sem nos aperceber.
Estamos dizendo as crianças, quando também aderimos as libertinagens que nos rodeiam, que sexualidade desmedida, gastos excessivos, prioridades de metas financeiras, destruição da natureza, tudo isso é a liberdade.
Sabemos que nada disso é liberdade.
“Todo comportamento que coage, reprime, viola é adversário da liberdade.”
O que seria então a liberdade?
Ela está naquele que se domina e se conquista, deixando para o mundo toda forma de imposição sobre si mesmo, ou seja que não mais se confunde sobre quem de fato é contrapondo com o  que desejam que você seja.
Como encontrar esse caminho?
Nossa autora nos mostra o caminho_ mergulhe em seu âmago, seu interior.
Procuremos nos desocupar um pouco dos programas que nos distraem e passemos a meditar sobre o dia passado.
Sem buscar erros e acertos, procure identificar atitudes e pensamentos(que também são atitudes) que por ventura você tenha tomado e coloque no lugar algo que você, repensando no assunto, gostaria de ter feito diferente. Que diferente seria esse? Talvez esse “diferente”seja sinceramente o que você .
Passe a pensar sobre suas ações e observe se não se trata dos hábitos que você foi adquirindo. Observe se esses hábitos, repetidos dia após dia, não vem sendo um problema no seu autoconhecimento, uma vez que esconde o que você realmente é.
Desde os primórdios da criação, nós evoluímos sob a régis do aprendizado. Mudamos e transformamos porque somos perfeitamente capazes  de aprender. Fizemos isso até aqui e continuaremos a fazer.
O medo do futuro pode nos fazer perder a real condição do presente, portanto devemos nos aprofundar no ser que somos, porque ao fazer isso, vamos desamarrando nossa consciência das impressões deixadas por experiências de outras vidas e pelos conceitos equivocados que fomos adquirindo sobre nós durante o contato com a cultura materialista dessa encarnação.  
Ghandi, que sem violência, levou a liberdade  para a India, deixou como maior exemplo a liberdade que encontrou dentro de si, quando preso ou liberto, estava livre, pois o que precisava para viver, ele o tinha tanto dentro da prisão quanto fora.
Sócrates, iluminador de mentes mesmo nos dias atuais, também preso era livre em suas aspirações.
Jesus, que continua a ensinar o amor que liberta, que nos acolhe e permite que ensinamentos esclarecedores venham em nosso socorro, não como muletas, mas como verdade cristalina, igualmente condição para a liberdade eterna.




2 comentários:

  1. Estou gostando muito desse papo de hábito, e é isso mesmo, a gente faz as coisas erradas achando muito normal, mas é dificil, porque quando a gente lembra, já falou ou já fez...

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  2. De tanto detectar em nossos habitos, atitudes que na verdade queremos desfazer, vamos ficando cada vez mais perto daquilo que pretendemos, daquilo que realmente queremos ser.Trocar experiências, como estamos fazendo aos sábados, pode ajudar a separar um pouco nossos hábitos daquilo que somos.Acho que nossa dificuldade vai ser inicial quando estamos tentando definir o que é feito e dito por hábito ou não.Passado esse "pequenino" passo estaremos aptos para a mudança!!Animados nós somos, né não??

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