quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

texto 22

O homem moderno
Resultado de séculos de obscuridade materialista, o homem de hoje vive os agudos dias de solidão em grupo, acrescido de um alienamento de sua identidade espiritual.
Nada pode ser tão perturbante quanto não se reconhecer em seus desejos ou atos, descaracterizando a própria concepção de humanidade em seu ser.
Num caminhar sem fim, é de se esperar que certos reveses aconteçam. Entretanto devemos aqui repensar se não estamos nos deixando crescer na inutilidade das reclamações diárias ou ainda, se não estamos nos deixando enganar ao analisarmos nosso comportamento.
O homem de hoje, tem muito com o que se preocupar e é capaz de justificar o abandono daqueles que ama, através de pensamentos ditos “modernos”onde o desejo frívolo e fugaz precisam ser contemplados na tentativa de saciar seus caprichos.
Sem encontrar porém felicidade alguma em seus atos, sua consciência lateja pois é sabedor em seu intimo, que sua iniciativa está indo de encontro as leis universais do amor que regem-nos eternamente.
Nesse “transgredir “ afetamos emocionalmente e por tanto psicologicamente, aqueles que nos rodeiam, deixando para trás um rastro de mal feitos que afetam corações, elevando o nível de tristeza e amargura no nosso planeta.
Caracterizamos nossa estadia na terra, por buscar cada vez mais a “felicidade” efêmera,a qualquer custo e qualquer preço sem nos atermos a dores que provocamos.
Na imaturidade, humilhamos, desencorajamos e ignoramos aqueles pelos quais  aceitamos ser  responsáveis, tirando deles,  com nossa ausência ética , a segurança num porvir mais feliz.
Nada é imutável e enquanto estamos ainda encarnados é imprescindível retomarmos os mal feitos na tentativa de amenizar a dor que causamos.
Quem sabe se reconstruir agora aquilo que destruiu, não poderá ainda evitar mal maior?
Quem sabe não pode enxugar as lagrimas de quem fez chorar?
Não espere para recomeçar porque cada minuto no vale da dor corresponde a uma eternidade para quem está sofrendo.
Recomece compreendendo que sua consciência vale muito para se chegar ao autodescobrimento, aliado maior no caminho espiritual que te leva a Jesus.
É preciso se distanciar do borbulhar fantasioso das badalações, onde os jogos de aparência são acelerados pela vaidade e pelo egocentrismo, onde o ser narciso perde totalmente a proporção de realidade.
Tire de você todo o peso das afetações materialistas e olhe em volta. Quanta dor para tratar, quanta fome para saciar, quanto desespero para acalentar, e tuas mãos, inchadas de longa data pelo calor das ilusões materiais, te convidam a olhar para elas a todo instante para lembrar o tanto que você está deixando de fazer.

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