terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

texto 24

O problema do espaço
Essa é uma relação extremamente delicada ao tratar do alcance do homem integral.
A autora trás nesse tópico duas vertentes quanto à definição de espaço.
Primeiro fala do espaço que nos é percebível e o quanto estamos errando ao determinarmos certas localidades como imprescindíveis a nossa morada na terra. Pensando dessa forma, estamos nos aglutinando, tornando o espaço de moradia uma verdadeira tortura. O número de pessoas por metro quadrado vem se tornando um veneno não apenas nas relações interpessoais, mas também no bem estar pessoal.
Esse espaço físico, é preciso que se diga, verdadeiramente, não tem dono. É preciso que se relembre sempre que onde hoje está situada uma casa, ontem já fora construção levantada por outrem em épocas inatingíveis para nós.
É preciso tomar para si essa verdade para que possa ir deixando de lado a posse de onde vive,  pois que ao morrer irá passar adiante o espaço. O que importa é manter vivo em ti a liberdade íntima, pois que esta sim é infinita. Por isso mesmo o texto nos remete a outra visão de “espaço”, aquele que não pode ser invadido e deturpado, o da individualidade.
Comum numa relação entre seres humanos, onde um deseja e o outro permite, a invasão de espaços que não deveriam ser tomados, deixando a relação asfixiante, insuportável, surgindo brigas constantes que não demoram se tornam rixas intransponíveis naquele momento.
Mágoas e rancores acabam por criar raízes, deixando para trás a oportunidade de um enlace fraterno.
A insegurança, uma das causas mais comum desse comportamento, advinda como enfermidade causada pelo materialismo, tem por sua vez, raízes numa infância debilitada de instruções voltadas para a realidade do espírito, para o idealismo, para busca da conscientização espiritual.
Não importa aqui o quanto de religião envolvemos nossos filhos, mas antes o quanto damos acesso eles na área da religiosidade.
Numa relação onde o casal preserva o devido caminhar, não com indiferença, mas com o envolvimento tendo o outro em mais alta conta, oferecendo-lhe o apoio e desenvolvendo a admiração pelas conquistas e avanços na transformação espiritual, torna-se uma união feliz, onde oferecer e receber são uma constante.  

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