quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

texto 21

A tragédia do cotidiano
Como somos facilmente seduzidos por imagens, construímos um tipo de arquétipo que justificamos como sendo o exemplo de homem materialista.
Em linhas gerais, ele nunca se parece conosco, tendo atitudes de extrema extravagância, se assemelhando a caricaturas de jornais.
Como de fato nossa consciência é direcionada pelos princípios materialistas para que acreditemos que estamos no controle das nossas ações e que somos saudáveis psicologicamente.
Isso acontece porque nossa consciência é uma casa oca, sem dono, sem que tenha alguém a dirigi-la.
Fato que sendo jogados por nosso “auto abandono” de um extremo ao outro, estamos nos deixando arrebatar pelas análises engendradas pelo sistema ao qual estamos sempre nos deixando envolver.
Vamos perdendo nossa autonomia cada vez mais e nos distanciando do homem que deve promover o autoconhecimento.
Em casos extremos, passamos a acreditar que somos perseguidos, maltratados por terceiros e destilamos nosso amargor, enclausurado em pensamentos enevoados.
Além disso, acreditamos que somos mártires, senhores da razão, carregadores de  grande carga, sempre prejudicados por aqueles que nos cercam.
Verificados de perto, esses argumentos são tão fictícios quanto egoístas.Movidos pelo desejo de ver atendida suas reivindicações materialistas, todo o dissabor começa na negação da sua essência, do ser espiritual que se é.
Dá-se inicio a um tortuoso pensar onde a agressividade vai galgando degraus na formação do homem,  disseminando pela sociedade uma escala de sentimentos, que passam a representar duros golpes no consciente coletivo, afetando todos no quadro da hierarquia social.
Está no cotidiano nossa verdadeira escola, oficina de aprendizagem no bem.
Se é nela que se apresentam nossas ilusões, é nela também que temos a oportunidade da modificação.
Todos os dias e num dia de cada vez, podemos estabelecer normas de conduta ao nosso consciente , fortalecendo o caminho para o exercício do autoconhecimento, nos predispondo assim a ser o elemento agregador da sociedade, deixando para trás o ser adoecido que somos hoje.

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