terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

texto 15

Inseguranças e crises
É possível planejar.Ou fazemos isso, ou estaremos fadados a um circuito de encarnações ilusórias, alucinadas pelo modismo.
Precisamos nos dar conta da realidade que geramos quando não nos apercebemos o quanto os nossos hábitos estão sendo perniciosos a nossa própria evolução espiritual.
O crítico de não fazermos do  autoconhecimento nosso objetivo diário, é que nos deixamos arrastar pelas idéias pré estabelecidas, diluindo nossa capacidade de raciocínio.
Sem criar  intimidade com a razão, agimos sem critérios de avaliação e quem age as escuras não sabe o que de verdade lhe espera no futuro próximo.Advêm daí níveis de insegurança tão devastadores que rompem-se as barreiras da violência, deixando um rastro de medo e revanchismo nos corações perturbados dos homens.
Trocando um conflito pelo outro, adentramos agora numa sociedade constituída pela robótica, onde os seres humanos seguem sempre tendências comportamentais, ditadas pela necessidade da aparência , visto posto que nada passou ter mais valor que exibir artigos caros na intenção, desapercebida, de ver no outro a inveja e a cobiça lançada para si.
Nossos magistrados, incumbidos das mais altas chefias , derramam por sobre a sociedade a triste realidade de seus despreparos com a coisa publica, cometendo devaneios com a autoridade a qual lhe fora atribuída por ideologia e não por hipocrisia.
A título de mais lucros pelas respectivas  industrias, a intoxicação, a perversão e os vícios são alimentados numa ciranda cruel de intenções materialistas a custas da sanidade espiritual e mental de jovens e crianças que nem se percebem  alijados do processo sadio de desenvolvimento social.Pior, não sabem que deles está sendo retirado o direito ao pensamento estruturado que o tornaria muito mais sabedor do ser que é.
Nossas instituições religiosas, em sua maioria, deixaram de lado o real valor das escrituras e dividem seu tempo entre disputas camufladas pelo poder dentro da instituição, numa queda de braço doentia para definir quem manda mais.
A maledicência, produtora de amarga discórdia dentro da instituição religiosa,coloca totalmente em descrédito as palavras posteriormente proferidas pela casa.
Desprovidos de ideologia, criamos filhos um dia após o outro, sem a preocupação de definir exatamente o que desejamos como resultado dessa ação.Quase como causalidade, seguimos um roteiro diário tendo por conjunto de ações passos,  que algum “pensador” acabou de lançar em sua mais recente publicação, tornando-se a moda do momento.
Tudo tem mais importância que a criação do filho no lar.Desde o ganho material, até um simples divertimento frívolo.
  A freqüência à TV ou ao descanso, a comilança, ao trabalho, as idas sem fim aos serviços religiosos, as distrações e viagens de passeio, idas à lojas e tantas outras "idas",  mais se parecem  com  tentativas de fuga das responsabilidades que assumimos no plano espiritual junto aos filhos.
Seja como for, precisamos planejar nosso futuro.
Para planejar é preciso saber que nossa humanização depende exclusivamente de reconhecer em nós os hábitos que precisamos eliminar e o fazermos. Diante desse passo seremos capazes de assegurar nossa convivência psíquica consciente, engendrando pensamentos de relevância que venham a beneficiar toda a sociedade .Certo que os passos seguintes serão renovadores pois que, não mais estando submersos na ilusão dos desejos, passaremos a valorização do espírito em escalas superiores, deixando morrer nosso interesse individualista, fazendo surgir uma nação mundial,una, cujo o único bem, será o homem.

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