terça-feira, 20 de março de 2012

texto 37

A morte e seu problema
Quanto mais se tem, mais se quer.
Não existe, para o materialismo, necessidades atendidas, mas sim desejos a serem satisfeitos.
Nesse cenário, construímos freqüentemente a idéia do fim, seja ele de ordem individual, ou seja a morte, seja ele de ordem coletiva, no caso o fim do planeta.
Por isso tão importante se faz  ter  a certeza de que a morte nada mais é que uma transição, assim como as transformações ocorridas no universo não significam extinção, mas antes a modificação da matéria.
No materialismo, se deve viver a competitividade de forma plena, o que ocasiona uma serie de transtornos emocionais , psicológicos e físicos. Nesse sentido, a morte se torna o fim do materialismo o que torna a referida passagem um verdadeiro tormento.
Isso acontece por um motivo muito simples:na morte não há como se valer de nada que o materialismo amealhou. De fato reconhecemos essa verdade em nosso coração e uma lacuna entre aquilo que realmente somos e os hábitos que mais uma vez deixamos que guiasse as nossas ações.
Uma única atitude pode mudar tudo: o desapego. Na medida em que vai dando menos importância aos bens materiais, vai se afastando dos tormentos, tornando brando o coração e lúcida a consciência. Gradativamente sua atenção se volta para o espiritual e a morte não passa mais de um momento de transição, de liberdade.

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